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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

02 de fevereiro dia de IEMANJÁ


A palavra "Iemanjá" deriva de "Yeye omon edjá", que quer dizer "Mãe dos peixinhos". É a Rainha das Águas, a mãe de todos os Orixás, representada com seios volumosos, que simbolizam a maternidade e a fecundidade. Também é chamada de Inaê, Janaína, Princesa do Aiocá ou Arocá, Princesa do Mar, Sereia do Mar, Sereia Oloxum, Rainha do Mar e Dandalunda ou Dandalunga.

Ela é a entidade feminina mais respeitada do Candomblé e da Umbanda, sobretudo pelos pescadores, que a veneram como protetora, juntamente com Nossa Senhora de Santana. Deusa dos mares e oceanos, recebe, no seu dia, muitas oferendas, que são lançadas ao mar. Muito vaidosa, gosta de receber presentes como: espelhos, pentes, braceletes, coroas, perfumes e flores.

É descrita como uma Sereia, metade mulher metade peixe. Está relacionada à cor azul ou azul e branco. Sua guia são colares e pulseiras de contas de cristal ou vidro transparente azul ou azul e branco. Suas flores: margaridas, rosas brancas e crisântemos brancos e azuis. Seu local é o mar; seu dia da semana: sábado; e sua saudação: "Odôiá Iemanjá! Adôfeiabá" (= amada senhora do rio).

No Brasil, a festa de Iemanjá é uma manifestação de fé e esperança que reúne milhares de pessoas à beira do mar, onde todas se curvam em reverência à "Mãe dos Orixás", com o mesmo objetivo: obter crescimento e proteção espiritual.

Muitas das pessoas acreditavam que as oferendas a Iemanjá trazem sorte para quem deseja começar bem o ano. Três rosas, moedas e perfume são os presentes mais comuns. O ato de molhar os pés na água salgada e pular sete ondas deve ser, segundo a crença, acompanhado por pedidos de abertura dos caminhos para o novo ano. De acordo com o Candomblé e a Umbanda, é muito importante não dar as costas para o mar após essa homenagem a Iemanjá.

No Brasil, a festa foi criada por volta de 1920. Nesse ano, em razão da pescaria fraca, uma colônia de pescadores da praia do Rio Vermelho, situada num bairro de Salvador, resolveu recorrer à tradição da Umbanda e do Candomblé para pedir ajuda aos santos africanos trazidos à Bahia pelos escravos negros.

Os rituais ganharam fama dentro e fora do Brasil, atraindo milhares de turistas, devido, sobretudo, à beleza dos contos, das danças, das vestimentas e das oferendas colocadas em balaios enfeitados jogados ao mar por centenas de pessoas que fazem uma procissão em canoas e barcos de pesca.

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