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"O Segredo da vitória, em todos os setores da vida, permanece na arte de aprender,imaginar,esperar e fazer mais um pouco."
( Chico Xavier - ditado por André Luiz )

quarta-feira, 30 de março de 2011

FILHOS SÃO DO MUNDO


Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga.
E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos?
Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.
Santo anjo do Senhor...
É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver "
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José Saramago

terça-feira, 29 de março de 2011

COMO LER UM PALAVRÃO DE 46 LETRAS



OBSERVE ESTAS DUAS PALAVRAS:

Mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico

Agora, responda, se puder, as perguntas abaixo para avaliar sua consciência fonológica :

1) qual das duas palavras acima você pronuncia mais rapidamente?
2) qual delas você daria alguma noção ou aproximação de significado?

Se disser que encontrou dificuldade de pronunciar as duas palavras , você tem, realmente, razão. Ambas, é verdade, possuem 46 letras. Se encontrou dificuldade de encontrar algum grau de significação no item a, também tem razão: a palavra mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito não é palavra, não tem significado nenhum na língua portuguesa.

Em todo caso, como podemos analisar são duas palavras esdrúxulas, esquisitas, extravagantes, mas apenas uma delas, isto, pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico , opção b, realmente, é palavra e está registrada no novo dicionário houaiss da língua portuguesa, tendo por definição “estado de quem é acometido de uma doença rara provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas “.

A outra palavra, isto é, mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito, a rigor, do ponto lingüístico, é uma palavra ad doc (nonce word), não significa nada, foi inventada por mim, no processo de elaboração deste texto, de tal modo que é uma palavra fictícia, ou tem forma ou aparência de palavra, que se assemelha, em configuração grafêmica ou fonêmica, a palavras da língua portuguesa.

Para a lingüística tradicional, palavra é um elemento lingüístico significativo, composto de um ou mais fonemas. No caso da palavra Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, ainda que chegue a Ter 46 letras. ela é uma unidade lingüística cujo significado está na cultura vigente, na compreensão oral, na fala e na escrita.

Pois bem. Para nós, investigadores dos processos de lectoescrita, psicopedagogos, fonoaudiólogos, neurologistas, psicolingüistas ou psicólogos cognitivos, pais, professores, enfim, podemos, a partir do caso acima, ilustrar como podemos descobrir indício de uma dificuldade de leitura ou dislexia.

Não obstante, você pode indagar: qual das palavras acima citadas, poderia ser a “ isca”, importante indício, no diagnóstico e processo de avaliação leitora?”

Por incrível que pareça, para um diagnóstico preliminar ou básico, em sala de sala, feito por um educador, sem que o aluno precise ir a uma clínica psicopedagógica ou fonoaudiológica, a palavra que, surpreendentemente, nos é útil, e, portanto, serve-nos como parâmetro para diagnóstico, é mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito, a falsa palavra.

Uma criança ou um adulto pode ser considerado um leitor hábil, competente na decodificação e compreensão leitoras, no processo de aquisição da linguagem, quando é capaz não apenas de ler palavras não-familiares como em pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que já é registrada no dicionário brasileiro, mas é capaz de ler, também, palavras fictícias, criadas pelos examinadores, professores, pais ou reeducadores lingüistas clínicos, terapeutas da linguagem, fonoaudiólogos, quando submetido a um processo avaliativo de sua competência leitora.

Para Andrew W. Ellis, em seu livro Leitura, escrita e dislexia: uma analise cognitiva, a familiaridade é um fator que determina, influencia e afeta a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras na leitura hábil, isto é, a leitura em voz alta. (1995: p.20)

2. O VALOR DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

A palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é esdrúxula, esquisita, excêntrica ou, numa expressão, é uma palavra não-familiar. Sem embargo, é uma palavra. Uma pessoa que tem consciência fonológica, ou seja, capaz de reconhecer as letras e discriminar os fonemas, será capaz de gerar o que chamo de lectogenia (o neologismo é meu), uma decodificação, manifesta na pronúncia corrente ou escorreita da palavra, seguida da compreensão, ou seja, da assimilação do significado que o signo encerra na sua forma lingüística.

Uma das tarefas dos psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, ou psicolingüistas, na avaliação da compreensão leitora, é comparar o reconhecimento de palavras familiares com o reconhecimento de palavras não-familiares.

Para uma criança, na educação infantil ou alfabetização ou ainda no primeiro ciclo do ensino fundamental, situando-se na etapa que os investigadores chamam de leitura inicial, pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é uma palavra não-familiar, esquisita, um palavrão; mas para um adulto, ou leitor competente, curioso, pode ser uma palavra familiar, isto é, uma palavra em que o bom leitor é capaz de decompor em seus morfemas (radicais, sufixos, por exemplo) e fonemas (vogais, consoantes ).

Quando o leitor principiante aprende que pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico traz, na sua estrutura lingüística, formas que estão presentes no mundo vocabular, o seu ou o revelado pela cultura do meio em que vive, encontrará níveis de contigüidade semântica da palavra não-familiar com outras palavras familiares como no caso pneumonia, ultramar , microscópio, vulcão, cone, ouvido, sulfúrico, de modo a fazer, também, a identificação rápida e fácil da forma, da pronúncia e do significado apropriado, viável, de uma palavra encontrada no texto escrito ou ouvido na mídia.

A aprendizagem da palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico ou de qualquer outra palavra esdrúxula ou não-familiar ou mesmo uma não-palavra requer da criança, durante o processo de leitura, pelo menos, três “representações internas” : a) aparência, b) significado e c) som, presentes na estrutura da palavra e a ligação dessas representações umas às outras. A aparência lingüística leva o leitor hábil ao reconhecimento da palavra. O significado e o som de uma palavra, por seu turno, são revelados pela consciência fonológica, alcançada no processo de aquisição da habilidade lectoescritora na escola.

3. O RECONHECIMENTO DAS PALAVRAS

Por fim, uma pergunta pode agora advir: quando a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico tornar-se-á familiar para a comunidade brasileira ou lusófona? Responderei assim: uma palavra torna-se familiar para os educandos e para os já escolarizados, quando ela , a palavra, realmente, é percebida, isto é, a comunidade lingüística é capaz de fazer a identificação visual ou auditiva da palavra e pode lhe atribuir algum grau de significado.

Para as crianças que vêem e lêem palavras ou não-palavras, no mundo da leitura, fora ou dentro da escola, tendem, quase sempre, a ter facilidade de identificar as formas lingüísticas que são verdadeiramente palavras, isto é, signos lingüísticos, dotados de significado (conceito, idéia) e significante (estrutura fônica).

Quando estão diante de palavras fictícias ou pseudopalavras, não apenas encontram dificuldade de pronunciá-las mas de reconhecer sua estrutura lingüística, uma vez que as não-palavras são dotadas apenas de significantes da língua, mas que nada representam no mundo da leitura ou na fala das pessoas.

Por excelência, os fonemas são os significantes mais discretos de uma língua, as menores unidades sonoras distintivas da palavra, todavia, isoladas, são unidades abstratas, nada significam. Os morfemas, ao contrário, unidades significativas, como os radicais e sufixos que formam a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, são elementos que ajudam na compreensão da mesma, ainda que a palavra tenha um processo de formação derivacional tão complexo ou ainda que tenha, na sua aparência ou representação grafêmica, 46 letras, sendo, definitivamente, a maior da língua portuguesa.

Pode-se, então, nessas alturas, fazer as seguintes indagações:

a) se uma criança ou adulto, após exercício de soletração, pode pronunciar, em voz alta, a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico por que não encontraria a mesma “ facilidade” na falsa palavra mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito?

b) Como poderíamos justificar tal comportamento lingüístico?

c) A palavra escrita pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é uma combinação não familiar de letras?

d) A pseudopalavra “mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito" é uma combinação não familiar de fonemas e, por isso mesmo, mais difícil de pronunciar?

São muitas as perguntas, longas e complexas, mas todas têm uma resposta curta e simples. É a velocidade de leitura de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, palavra que tem a mesmas letras e praticamente os mesmos fonemas da falsa palavra , que indica sua familiaridade na pronúncia corrente a partir de sua forma escrita. Depois de alguns minutos alguém pode, com certa dose de brincadeira ou ludicidade, guardar, em sua memória de longo prazo, a palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, como uma nova e esdrúxula palavra no seu universo semântico ou vocabulário individual. Não encontraremos a mesma destreza lingüística para as palavras falsas.

4. UMA LUZ IMPORTANTE

Em substância, diria o seguinte: quem adquire consciência fonológica no decorrer da aquisição de linguagem pode não apenas ler palavras esdrúxulas, familiares ou “não-palavras, como mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito, que nada diz, que nada revela, nem na sua forma nem sua configuração lingüística. O leitor hábil decodifica e compreende palavras que têm significado e desconfia de palavras que, mesmo podendo ser decodificadas, não têm significado nenhum no seu mundo cultural.

Uma criança com dislexia fonológica, com deficiência na sua consciência fonológica, por exemplo, pode lentamente pronunciar pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, e no decorrer do tempo, ganhar destreza na decodificação, mas sua pronúncia será sofrível quando tentar pronunciar mneupotruramiscolcopicosislicoculvanonociócito.

Surpreendente e inesperadamente não fará, à guisa dos leitores hábeis, o reconhecimento instantâneo da falsa palavra. Falta aos disléxicos fonológicos um background de conhecimentos fonológicos da língua materna além de habilidades lingüísticas orais presentes na habilidade leitora.

A aprendizagem da leitura, tendo, por base, o método fônico, levará à aprendizagem da pronúncia de palavra pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico ou anticonstitucionalissimamente, de modo que deixa de ser estranha e sem sentido quando realmente lida(decodificada e compreendida) e torna-se algo que parece familiar, dela se extraindo um significado e levando o emissor ou receptor a uma emissão viável ou a recepção produtiva.

Esta reflexão metalingüística, a partir da maior palavra da língua brasileira, é uma verdadeira epifania para os que atuam na Psicopedagogia e Psicolingüística e um achado excêntrico, mas luz importante, para os estudiosos dos processos de aquisição de leitura e escrita da comunidade lusófona.

5- Bibliografia básica consultada

1. ALLIENDE, Felipe, CONDEMARÍN, Mabel. (1987). Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas.

2. DUBOIS, Jean et ali. (1993). Dicionário de lingüística. Direção e coordenação geral da tradução de Izidoro Blinstein. SP: Cultrix.

3. ELLIS, Andrew W. (1995).Leitura, escrita e dislexia: uma analise cognitiva. 2ª edição. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas.

4. HARRIS, Theodore L, HODGES, Richard. (1999). Dicionário de alfabetização: vocabulário de leitura e escrita. Tradução de Beatriz Viégas-Faria. Porto Alegre: Artes Médicas

5. MONTEIRO, José Lemos. (2002). Morfologia portuguesa. Campinas: Pontes.

6. RODRIGUES, Norberto. (1999). Neurolingüística dos distúrbios da fala.. São Paulo: Cortez: EDUC (Fala viva; v.1)

7. YAVAS, Mehmet, HERNANDOREMA, Carmen L. Matzenauer. LAMPRECHT, Regina Ritter. (1991). Avaliação fonológica da criação: reeducação e terapia. Porto Alegre: Artes Médicas.
Vicente Martins
Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará.

domingo, 27 de março de 2011

DIA DO CACAU


26 de Março

A origem do cacau é contada pelos povos pré-colombianos. O deus asteca dos ventos gelados e da lua prateada, Quetzalcóatl, ofereceu aos seres humanos um presente: sementes de um fruto mágico, que era capaz de repor a energia das pessoas, aliviando o cansaço. Quetzalcóalt foi aos campos luminosos do Reino dos Filhos do Sol e roubou as sementes da árvore sagrada, o cacaueiro.

Os primeiros a cultivarem a árvore foram os sacerdotes astecas. Os frutos estavam intimamente ligados à religiosidade, devido à lenda. Das favas desses frutos, os astecas produziam uma bebida amarga que, segundo a crença, possuía "poderes especiais" e só podia ser tomada em taças de ouro.

O conquistador espanhol Fernando Cortés, quando chegou ao México em 1519, teve contato com a bebida dos astecas. Em carta ao rei Carlos V, Cortés relatou as propriedades energéticas da maravilhosa bebida: bastava uma taça daquele precioso líquido para que a pessoa recuperasse a energia perdida em um dia de caminhada, sem necessidade de qualquer outro alimento. Cortés afirmou que o imperador dos astecas, Montezuma, nunca se servia da bebida sagrada na mesma taça de ouro. Mais do que uma demonstração de riqueza, tal prática provava a enorme reverência que os astecas tinham pela bebida.
Da amarga bebida dos astecas ao delicioso chocolate apreciado nos dias de hoje, o cacau teve uma trajetória bastante singular. O gosto amargo da bebida não agradava aos europeus que, aos poucos, foram adicionando especiarias, açúcar e outros condimentos. A partir daí, a bebida, tomada quente, conquistou todas as cortes européias e se tornou privilégio das elites. Logo depois, o cacau passou a ser processado em tabletes, que eram facilmente transformados em bebida.

A Espanha detinha praticamente toda a produção de cacau e chocolate quando, em 1778, estes passaram a ser industrializados nos Estados Unidos e na Holanda. O holandês Van Houten foi pioneiro na indústria de chocolate em seu país e, segundo alguns estudiosos, produziu os primeiros ovos de chocolate consumidos na Páscoa.

Theobroma Cacao, que em grego significa "alimento dos deuses", é o nome científico do cacaueiro, espécie nativa da floresta tropical úmida americana, que teve sua origem, provavelmente, nas nascentes dos rios Amazonas e Orenoco, depois ultrapassou os Andes, atingindo Venezuela, Colômbia, Equador, países da América Central, México e também o Brasil, ao longo do rio Amazonas. O cacaueiro foi introduzido na Bahia, em 1746, pelo colono francês Luís Frederico Warneaux, que trouxe as sementes do Pará. Atualmente, a Bahia é o maior produtor nacional de cacau, atendendo os mercados interno e externo.

Fonte: www.paulinas.org.br

sexta-feira, 25 de março de 2011

Arrume a bagunça


Todos nós (ou pelo menos a maioria ) somos "bagunceiros" por natureza. Simplesmente não somos ensinados a nos organizar, então nos acostumamos a viver no meio do caos. Aqui estão quatro maneiras de livrar-se da confusão do dia a dia:

1- Crie uma nova mentalidade- Compreenda que ser desorganizado não é necessariamente um traço de personalidade. É um hábito, e hábitos podem ser quebrados. Neste mundo competitivo de hoje, desleixo é um costume que deve ser abandonado.

2- Acabe com o desperdício- A " caixa de entrada" de sua mesa serve para guardar novas informações, e não como desculpa para a procrastinação. Tente responder qualquer papel que chegar dentro de 24 horas.

3- Aperfeiçoe o processo- Crie uma série de arquivos, por exemplo: trabalhos pendentes e em progresso, arquivo de trabalho rotineiro, de referência, de velhos relatórios e documentos raramente utilizados.

4- Crie uma rotina- Separe pelo menos meia hora por semana para rever arquivos pendentes e ativos. Sua meta é guardar o que é importante e eliminar o que não é. Você pode fazer isso nas sextas-feiras a tarde e, então, quando chegar na segunda pela manhã, vai encontrar tudo limpo e arrumado. Uma ótima visão para um dia difícil...

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO


1. ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEPÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM NÍVEL MUNDIAL

A preocupação com o estabelecimento de áreas a serem protegidas é bastante antigo; existem relatos de que o imperador indiano Ashoka em 252 a.C. determinou a proteção de certos animais, peixes e áreas florestadas e do também imperador indiano Babar que no século XV estabeleceu reservas especiais para a proteção e caça de rinocerontes (WALLAUER, 1998). A civilização Inca impôs limites físicos e sazonais à caça de certas espécies e na Europa Medieval a palavra “parque” designava um local determinado no qual animais viviam na natureza sob a responsabilidade do rei (MORSELLO, 2001). Estas áreas européias tinham como principal objetivo a proteção de seus recursos para garantir à aristocracia o exercício da caça e a provisão de madeira (QUINTÃO, 1983).

As teorias mais elaboradas no sentido de se estabelecer áreas protegidas teve como marco a concepção desenvolvida nos Estados Unidos no século XIX que culminou com a criação do Yellowstone National Park, em 1872, com grande valorização da beleza cênica do local e com o objetivo de proporcionar benefício e lazer à população, protegendo as áreas de interferência que degradassem o ambiente (MORSELLO, 2001; WALLAUER, 1997).

A preocupação inicial com a beleza cênica das áreas protegidas foi dando lugar a uma importância cada vez maior para a preservação da natureza, conservação da biodiversidade e com outros propósitos ligados a preocupação ecológica e mesmo com o objetivo de fazer frente ao processo de desenvolvimento desenfreado que causa a destruição e transformação dos ambientes naturais. Assim o valor recreativo e a beleza cênica, pouco a pouco deram lugar ao objetivo da conservação de habitats e espécies, sendo este considerado atualmente como o principal objetivo de criação de UCs (MORSELLO, 2001).

O aumento de áreas protegidas em todo o mundo – com um ciclo de criação nos anos 20 e 30 e com grande impulso a partir dos anos 50 – e o grande número de propósitos destas áreas provocou a proliferação dos mais diversos tipos de “parques” e outras áreas protegidas com grande diversificação de objetivos e significados. Com o propósito de se obter cooperação internacional nas áreas de conservação da natureza, em 1948 foi criada a atual UICN (União Internacional para a conservação da Natureza), órgão vinculado a ONU (Organização das Nações Unidas), que tem como objetivo promover ações científicas visando a conservação da natureza e que passou a desempenhar um papel fundamental para o desenvolvimento da filosofia de áreas naturais protegidas, atuando também no assessoramento para o planejamento e manejo destas áreas em nível mundial.

Em 1962 a UICN realiza a “Primeira Conferência Mundial de Parques Nacionais”, onde foram discutidos pela primeira vez os critérios de classificação de áreas protegidas, passando a UICN a fazer recomendações sobre as diferentes terminologias e objetivos aos diferentes tipos de Unidades de Conservação (MORSELLO, 2001; MILANO et al., 1993).

Na “Primeira Conferência Mundial de Parques Nacionais” havia ficado clara a predominância da influência norte-americana da concepção de parques com base no modelo “Yellowstone” de “parque sem gente”. Em 1972 é realizada a segunda Conferência Mundial, em Yellowstone, incentivando a criação de novas UCs e a proteção absoluta destas áreas de preservação (QUINTÃO, 1983).

Em 1980 a UICN elaborou uma estratégia mundial para a conservação da natureza, frente a um quadro global de destruição e esgotamento dos recursos naturais. Esta estratégia teve como objetivo geral oferecer subsídios para que os países pudessem desenvolver suas ações visando um desenvolvimento sustentável e seus objetivos específicos estavam centrados em manter os processos biológicos e os sistemas vitais essenciais, preservar a diversidade genética e permitir o aproveitamento perene das espécies e dos ecossistemas (UICN,1984).

A partir de 1982, com a realização do “Terceiro Congresso Mundial de Parques Nacionais”, em Bali – Indonésia, que teve como tema “O papel das áreas protegidas na sociedade sustentável”, a expansão do número de áreas protegidas no mundo foi considerado como uma estratégia particularmente vital para a conservação dos recursos naturais do planeta, mas também começaram a ser mais significativas as preocupações com o uso sustentável dos recursos da natureza, aparecendo a recomendação para a criação de mais áreas com a categoria de uso múltiplo e sustentável (WALLAUER, 1997).
Em 1992 ocorreu o “Quarto Congresso Mundial de Parques Nacionais e Áreas Protegidas”, em Caracas, onde o próprio título do evento já deixava clara a importância de outras categorias de UCs além dos parques nacionais. O tema do congresso “Parques para a vida: intensificação do papel da conservação na sustentação da sociedade” indicava claramente uma maior preocupação com uma visão mais flexível em relação às atividades humanas e a conservação da natureza. Algumas das 23 recomendações eram:

(...) encorajar as comunidades locais à conservação dos recursos naturais, reconhecendo suas necessidades sociais e econômicas. Identificar e monitorar a dinâmica das populações humanas e suas atividades, de maneira que se possa melhor assegurar a integridade, implementação e manejo das áreas protegidas (WALLAUER, 1977, p. 74).

Neste congresso a IUCN define “Área Protegida” e faz uma nova reclassificação das categorias destas áreas conforme exposto no Quadro 01.

QUADRO 01 – DEFINIÇÃO, CATEGORIAS E FUNÇÕES DAS ÁREAS PROTEGIDAS ESTABELECIDAS PELA IUCN EM 1992

Definição: Uma área protegida é uma porção de terra ou mar especialmente dedicada à proteção da diversidade biológica, recursos naturais e culturais associados a esta, e manejada segundo instrumentos legais e outros meio efetivos.
Em 1997, a UICN e a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) realizam o “Primeiro Congresso Latino Americano de Parques Nacionais e outras Áreas Protegidas”, em Santa Marta – Colômbia, onde fica reforçada a importância da valorização da implantação de UCs e da necessidade de uma visão social que contemple as populações locais.

Neste sentido, nas conclusões do Congresso pode ser destacado que:

As áreas protegidas são espaços estratégicos para os países, indispensáveis ao seu crescimento e desenvolvimento futuro, proporcionando condições de vida adequadas e protegendo o patrimônio natural.

(...) que devem ser reconhecidos os direitos fundamentais das comunidades locais, quando da implementação de áreas protegidas.

(...) que se adote, dentro do possível, as categorias de manejo aceitas internacionalmente levando em consideração a necessidade de compatibilizar a presença humana com a proteção da biodiversidade. (WALLAUER, 1977 p. 78, 79)

Segundo Wallaurer (1998) em 1977 existiam no mundo 9.766 Ucs, totalizando 870 milhões de hectares em 149 países. Sem dúvida estas áreas contribuem em muito para a conservação dos ambientes naturais e sua biodiversidade, mas apresentam muitas dificuldades para sua instalação e real cumprimento de seus objetivos. Uma delas – no que pese a crescente contribuição de áreas particulares transformadas em UCs – está o custo de aquisição de terras pelos governos, especialmente nos países mais pobres, completadas com a tensão das retiradas destas áreas do processo produtivo convencional, da falta de políticas de planejamento e gestão, da falta de recursos para o seu funcionamento e manutenção adequados, sejam recursos financeiros, estruturais ou humanos. Assim é muito comum que áreas que aparecem em estatísticas oficiais como UCs – notadamente em países mais pobres – estejam apenas “no papel”, não possuindo as mínimas condições de cumprir seus objetivos e muitas vezes não possuindo nem sua área delimitada.

Para Morsello (2001), com base em vários autores, a situação de muitos países é de dificuldades econômicas onde as necessidades básicas da população ainda não foram satisfeitas sendo difícil nesta situação a disputa por recursos para a implantação e manutenção de UCs.

Para Diegues (2004), a noção norte americana de conservação da natureza que culminou com a criação do Yellowstone, está baseada na noção de natureza selvagem – wilderness – que se contrapõe a noção de natureza domesticada dos europeus. Esta noção estabelece que a natureza somente pode ser protegida quando separada do convívio humano. Esta visão de wilderness acabou sendo a preponderante e expandiu-se mundialmente através do conceito de áreas de proteção sem moradores, o que transforma ainda mais as UCs como concorrentes com as população locais.

De acordo com Morsello (2001) a prática usual do estabelecimento de UCs era a expulsão da população local, às vezes residentes há séculos no local. Os problemas e prejuízos deste modelo foram reconhecidos pela UICN que desde 1984 vem alterando suas diretrizes em relação ao tema, mas ainda não existe um consenso: alguns acham que as populações podem desenvolver suas atividades como caça, pesca e extrativismo, outros discordam totalmente e outros ainda acreditam em compromissos entre a população e os objetivos conservacionistas. Desta forma, o acesso ou a presença de populações locais às UCs se constitui em um dos maiores e mais polêmicos problemas na gestão destas áreas.

Na evolução do conceito de parque e consequentemente do conceito de UCs surgiram as UCs de uso direto onde é admitida a presença de população local e o uso racional dos recursos naturais. Mas isto não significa o fim da polêmica, os preservacionistas que defendem a perspectiva de áreas protegidas sem moradores tecem muitas críticas quanto a capacidade deste tipo de UCs em realmente conservar a natureza.

Uma das limitações desta acirrada polêmica é o fato de que ambas as partes restringem o debate para a importância ou problemas das populações locais para a conservação da natureza dentro de UCs, como se considerassem que a conservação da natureza fosse limitada a ilhas de conservação. Na verdade a maioria destas populações tradicionais vive em seus ambientes – fora de UCs – apresentando diversos graus de harmonia ou conflito com a natureza, sendo que o seu papel frente ao manejo que realizam e seu potencial de conservação em suas próprias áreas é normalmente desconsiderado e desconhecido.

Fávero (2001) também considera que o desenvolvimento do conceito de UCs no Brasil foi baseada na visão preservacionista dos Estados Unidos onde o homem é necessariamente um destruidor na natureza, impedindo e desconsiderando quaisquer relações naturais entre o homem e os recursos naturais, salvo aquelas exclusivamente científicas, e pondera que:
Acreditamos que a delimitação de áreas protegidas e/ou das UCs podem contribuir efetivamente para a conservação ambiental e paralelamente com o desenvolvimento sustentável, entretanto, seus objetivos e metas precisam estar em conformidade com as necessidades e as particularidades locais (p.16).

Desta forma podemos considerar que o estabelecimento de áreas protegidas é essencial para a conservação da natureza e que apesar de grande controvérsia o modelo inicial de UCs baseado apenas em “ilhas de conservação” – isoladas das comunidades – evoluiu para o estabelecimento de unidades onde também pudesse ser admitida a presença de populações locais e/ou o uso sustentável de seus recursos.

2. AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO BRASILEIRAS

O Brasil apresenta desde o início de sua história moderna grandes conflitos entre a forma de seu desenvolvimento e o uso e conservação da natureza. Os recursos naturais eram utilizados de forma equilibrada por um grande número de nações indígenas que habitavam as terras brasileiras, mas a partir da chegada dos portugueses se iniciou a devastação do pau brasil (Caesalpinia echinata) e logo a seguir uma grande intensificação de abertura de áreas para o estabelecimento da cultura da cana-deaçúcar. Estas atividades, concentradas na costa, causaram grandes devastações na floresta. Com a descoberta do ouro em Minas Gerais e em outros locais longe da costa se iniciou a ocupação do interior do país e as conseqüentes agressões ao ambiente natural nestes locais.

Porém, um grande fator de aceleração da destruição foi o surto agrícola que atingiu o Brasil a partir de 1840, baseado em um sistema de exploração agrícola importado que não respeitava as condições ecológicas brasileiras e não buscava uma convivência mais harmoniosa com a natureza, mas sim via nas florestas um problema a ser enfrentado, o que pode ser observado no relato de Vianna (19411 apud WALLAUER, 1977, p. 30), escrito em português arcaico:

São os immensuráveis sertões do oeste paulista...onde se está travando a nossa grande batalha do homem contra a floresta tropical e o deserto. É ahi que o colonizador nacional revela sua superioridade... não ataca a floresta paulatinamente e aos bocados; bate-a em cheio e em grande, abrindo-lhes clareira formidáveis, sobre as quaes faz ondular o oceano verdejante dos cafezaes... Começam os paulista o seu assalto à floresta pelas colinas e taboleiros que circundam o valle amplissimo do Mogy-Guassú, cuja mattaria devastam rapidamente...Não há exemplo de mais vasta e poderosa expansão agrícola, operada em tão curto espaço de tempo. Em dez anos, de 1890 a 1900, elles desbastam, mondam e cultivam mais de um milhão de hectares, conquistados à matta virgem...

O mesmo autor também faz referências a devastação da Floresta com Araucária (p. 34):

No plató paranaense, o grande centro de gravidade colonial é Curityba...dahi é que a expansão colonizadora dos italianos e dos allemães se orienta no sentido do oeste, em busca de Ponta Grossa, Rio Negro, Porto União e Campo Largo, desbravando o deserto e fazendo recuar a floresta majestosa dos pinheiros.

A floresta com araucária foi uma das primeiras formações florestais a serem devastadas com o objetivo de exploração madeireira. Em 1910 instalou-se no município de Três Barras a Lumber, subsidiária da Brazil Railway Company que estava construindo a estrada de ferro São Paulo – Rio Grande e uma derivação ligando Porto União ao porto de São Francisco do Sul, sendo que a empresa teve concedido o direito de exploração de 15 km de cada lado da ferrovia onde devastou as araucárias e a formação florestal associada.

Mas, durante o transcorrer da história sempre houve aqueles que se preocuparam com a conservação ambiental, mesmo em nível governamental. Porém sempre houve a tendência destas preocupações e legislações ficarem restritas “ao papel’ sendo de difícil execução frente aos interesses econômicos e aos modelos de desenvolvimento baseados em lucros imediatos e de crescimento econômico concentrador. Como exemplo pode ser citada a preocupação da coroa portuguesa frente a acelerada exploração e destruição dos recursos naturais no Brasil que, em 1797, através da Carta Régia determinou “tomar todas as preocupações para a conservação das matas do Brasil e evitar que se arruínem e se destruam (...) estabelecendo as mais severas penas contra os incendiários, destruidores de matas”. (QUINTÃO, 1983).

Uma das primeiras iniciativas mais concretas de se estabelecer áreas protegidas foi a proposta de André Rebouças em 1876 de criar dois parques no Brasil, um na Ilha do Bananal e outro em Sete Quedas, mas a proposta não foi concretizada, sendo que apenas em 1937 seria criado o primeiro parque nacional brasileiro, o Parque Nacional do Itatiaia (BRITO, 1995).

Segundo Wallauer (1977) as primeiras constituições brasileiras de 1824 e de 1891 não faziam menção a questão ambiental e apenas durante o governo de Afonso Pena, em 1907, uma mensagem presidencial expressou claramente a preocupação do poder executivo sobre a necessidade de preservar e restaurar a cobertura florestal do país, afirmando que o Brasil seria o único entre os países “cultos”, dotado de matas e ricas terras que não possuía um código florestal. Foi durante a constituição de 1934 que pela primeira vez houve referência aos recursos naturais, estabelecendo, nas competências da União – artigo 10, inciso III – a função de “proteger as belezas naturais e os monumentos de valor histórico...” (p.37).

Como conseqüência da constituição de 1934, neste mesmo ano foi criado o Código Florestal Brasileiro, onde as florestas passaram ser consideradas um bem publico e passaram a sofrer restrições de uso e regras para sua exploração. Também pela primeira vez foi mencionada uma categoria de unidade de conservação, o parque nacional e uma menção ao que poderia ser a precursora das florestas nacionais, a “floresta modelo”.

Com o Código Florestal foi possível reorganizar o “Serviço Florestal” que havia sido criado em 1925, mas que não tinha instrumentos legais para funcionar adequadamente, assim em 1938 este serviço passou a ter como finalidade a proteção de florestas, o fomento à silvicultura e a organização dos parques nacionais, florestas e reservas nacionais, sendo vinculado ao Ministério da Agricultura.

A partir desta data começaram as criações de UCs no Brasil. Em 1937 foi criado o Parque Nacional de Itatiaia compreendendo áreas dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 1939 foram criados os Parques Nacionais do Iguaçu e da Serra dos Órgãos nos estados do Paraná e do Rio de Janeiro, respectivamente.

A segunda categoria de UCs criada no Brasil foram as Florestas Nacionais (Flonas) por meio da criação da Floresta Nacional do Araripe-Apodi.

O atual código florestal foi instituído pela Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, substituindo o de 1934, mantendo as florestas como de poder público e estabelecendo três categorias de UCs, os Parques, as Reservas Biológicas e as Florestas Nacionais.

Com o novo Código também foi criado um novo órgão para substituir o “Serviço Florestal”, sendo, em 1967, criado o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF, que também era vinculado ao Ministério da Agricultura e tinha como funções formular e executar a política florestal, proteger e conservar os recursos naturais, incluindo a administração das UCs federais existentes no país (BRASIL, 1967).
Apesar desta preocupação com a manutenção e manejo de florestas a realidade das políticas públicas era bem diferente. De acordo com Wallauer (1977) um importante marco na política de desenvolvimento brasileiro e sua relação com a conservação da natureza foi o I Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (I PND), desenvolvido entre 1972 e 1974, durante o regime militar, onde o governo prometia distribuir gratuitamente, financiamentos, assistência técnica e dinheiro, para fronteiras agrícolas, especialmente na região amazônica. A concepção de desenvolvimento pode ser traduzida por uma cerimônia onde o então presidente Médici e vários ministros foram à Altamira para presenciarem a derrubada de uma castanheira de cinqüenta metros de altura. O projeto resultou em um grande fracasso, apesar da devastação da floresta apenas os projetos voltados para a pecuária prosperam (Caldeira et al. 1977).

No II Plano de Desenvolvimento Econômico e Social (II PND) formulado para o período de 1975-1979, frente a pressões internacionais e condicionantes ambientais a financiamentos externos, aparecem preocupações com a conservação ambiental, sendo previsto que a política de desenvolvimento de recursos florestais e uso racional dos solos estaria precedida da definição de áreas destinadas a Parques, Florestas Nacionais, Reservas Biológicas e Parques de Caça (BRASIL, 1974). Foi este o período da proliferação de UCs em território brasileiro, principalmente na Amazônia.

No início da década de oitenta ocorreu uma importante decisão no sentido de dar maior consistência para uma política ambiental brasileira, quando foi estabelecida a “Política Nacional do Meio Ambiente” através da Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, sendo criados o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), com o objetivo de assessorar, estudar e propor diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e deliberar sobre padrões e normas ambientais. Esta lei previa no inciso IV do artigo 2º que o estabelecimento de UCs é um dos instrumentos da política ambiental brasileira.

A partir do atual Código Florestal, que previa três categorias de UCs, outras foram sendo criadas através de Leis e Decretos, como as Área de Proteção Ambiental (APA) e Estação Ecológica em 1981; Área de Relevante Interesse Ecológico em 1984; Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em 1990. Também em 1990 foi criada a categoria Reserva Extrativista, importante marco na política de UCs brasileira uma vez que previa a exploração auto-sustentável dos recursos naturais de forma compatível com a conservação ambiental.

Em 1987, através da Resolução nº 11, o CONAMA , com objetivo de uniformizar o grande número de áreas de conservação que estavam sendo criadas no Brasil com as mais diversas denominações, estabeleceu o termo “Unidade de Conservação” e uma categorização para estas unidades. Desta forma os conceitos de UCs no Brasil ficam a cada dia mais definidos, porém ainda permaneceram muitas confusões.

Em 1988 foi promulgada a atual Constituição Brasileira que deixava clara a preocupação com o meio ambiente, onde em seu artigo 225, estabelece que:

Art. – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e á coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbem ao Poder Público:

III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (BRASIL, 1988).

Assim a definição de áreas protegidas passou a ser uma exigência constitucional.
Como conseqüência da nova Constituição, em 1989 foi criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, que incorporou quatro antigos órgãos: o IBDF, a SUDHEVEA (Superintendência de Desenvolvimento da Borracha), a SEMA (Secretaria Especial do Meio Ambiente) e a SUDEPE (Superintendência do Desenvolvimento da Pesca), vinculado ao Ministério do Interior, com a finalidade de formular, coordenar e executar a política nacional do meio ambiente bem como ser o responsável pela conservação e uso racional, fiscalização, controle e fomento dos recursos naturais.

Em 1993 o Brasil passou a participar efetivamente do “Programa sobre o Homem e a Biosfera” da UNESCO, através do estabelecimento do “Sistema de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica” e da “Reserva da Biosfera do Cerrado”, sendo um dos objetivos deste programa a conservação para a sua utilização presente ou futura da diversidade e integridade das comunidades bióticas de plantas e animais em seus ecossistemas naturais e semi-naturais. A reserva da biosfera é entendida como sendo uma área protegida que pode inclusive coincidir ou incorporar UCs já estabelecidas (FAO/PNUMA, 1994).

Outra importante convenção assinada pelo Brasil em relação a conservação da natureza foi a da “Convenção sobre Diversidade Biológica”, em 1994, onde pode ser destacado o artigo 8 que trata sobre a conservação in situ:

Cada Parte Contratante deve, na medida do possível e conforme o caso:

a) Estabelecer um sistema de áreas protegidas ou áreas onde medidas especiais precisem ser tomadas para conservar a diversidade biológica;

c) Regulamentar ou administrar recursos biológicos importantes para a conservação da diversidade biológica, dentro ou fora de áreas protegidas, a fim de assegurar sua conservação e utilização sustentável;

e) Promover o desenvolvimento sustentável e ambientalmente sadio em áreas adjacentes às áreas protegidas a fim de reforçar a proteção dessas áreas;

f) Recuperar e restaurar ecossistemas degradados e promover a recuperação de espécies ameaçadas, mediante, entre outros meios, a elaboração e implementação de planos e outras estratégias de gestão;

i) Procurar proporcionar as condições necessárias para compatibilizar as utilizações atuais com a conservação da diversidade biológica e a utilização sustentável de seus componentes;

j) Em conformidade com sua legislação nacional, respeitar, preservar e manter o conhecimento, inovações e práticas das comunidades locais e populações indígenas com estilo de vida tradicionais relevantes à conservação e à utilização sustentável da diversidade biológica e incentivar sua mais ampla aplicação (...) (MMAa, 2000. p 11-12)

Assim fica novamente reforçada a preocupação com o estabelecimento de UCs, mas também pela primeira vez fica clara a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável e a compatibilização do uso atual com a conservação da biodiversidade e da valorização do conhecimento das populações tradicionais, bem como fica valorizada a conservação realizada fora da UCs.

Com a finalidade de melhorar a eficiência e de organizar o sistema de unidades de conservação brasileiro foi aprovada a Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000 regulamentada pelo decreto 4.340 de 22 de agosto de 2002 que institui o “Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC”. Esta lei estabelece dois grupos de unidades de conservação as “Unidades de Proteção Integral” e as “Unidades de Uso Sustentável”. O primeiro grupo, composto pelas categorias “Estação Ecológica, Reserva Biológica,Parque Nacional,Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre”, têm como objetivo básico a preservação da natureza, sendo bastante restrito o uso dos seus recursos naturais. O segundo grupo, composto pelas categorias “Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural”, têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais (SNUC, 2003).

Atualmente o Brasil possui um total de 705 UCs cadastradas no Ministério do Meio Ambiente, conforme descrição no quadro 02, havendo um equilíbrio entre o número de UCs de Proteção Integral (48%) e de Uso Sustentável (52%), porém em termos de áreas existe um predomínio mais significativo de áreas de Uso Sustentável, que ocupam 59% da área total das UCs brasileiras.

Porém, apesar desta significativa área protegida e da existência do SNUC, muitas desta UCs não possuem as condições mínimas para cumprir o seu papel, enfrentando problemas que vão desde a falta de pessoal e estrutura mínima até a falta de delimitação da área.

Atualmente o Ministério do Meio Ambiente está elaborando o “Plano Nacional de Áreas Protegidas” (PNAP), o qual foi submetido a consulta pública. Neste plano está previsto o compromisso de implantação efetiva do SNUC e cumprimento de deliberações nacionais e internacionais. Este Plano tem como objetivo global o estabelecimento e manutenção de sistemas nacionais e regionais de áreas protegidas que sejam abrangentes, efetivamente manejados e ecologicamente representativos e que coletivamente, contribuam por meio de uma rede global de áreas protegidas para o alcance dos objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica, tendo como meta de até 2010 reduzir a taxa de perda de biodiversidade e como compromisso estabelecer uma política eficiente para as áreas protegidas, prover recursos técnicos e financeiros, desenvolver capacidades, monitorar e avaliar sua implementação e assegurar que as áreas protegidas sejam estabelecidas e manejadas de forma eqüitativa e participativa. (MMA,2006)

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As UCs são importantes instrumentos para a conservação da natureza e apresentam um longo processo de evolução de seus conceitos e de seus objetivos. Nesta evolução a grande polêmica entre UCs isoladas da presença humana e àquelas que buscam a participação das comunidades e o uso sustentável de seus recursos – UCs de “Proteção Integral” e de “Uso Sustentável” – permanece até os dias de hoje, sendo que ambas apresentam aspectos positivos e negativos. Porém, um dos maiores problemas é o fato de que a grande maioria da UCs – não só brasileiras, mas também em nível mundial – apresentam sérias deficiências estruturais, financeiras e em seus processos de gestão, apresentando grandes dificuldades em atingir os seus objetivos, sejam elas de proteção integral ou de uso sustentável.

4. REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto Lei n° 289 de 28 de fevereiro de 1967. Brasília, 1967. ______. II Plano Nacional de Desenvolvimento (1975-1979). IBGE. Brasília. 1974. 149 p. CASTRO, R. S. org. Atlas de conservação da natureza brasileira – unidades federais. São Paulo: Metalivros, 2004.

DIEGUES, A C. Etnoconservação da natureza: Enfoques alternativos. In: A. C. Diegues, Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: Hucitec / NUPAUB, p. 1-46. 2000.

FÁVERO, O. A. Do berço da siderurgia brasileira à conservação de recursos naturais – um estudo d paisagem da Floresta Nacional de Ipanema (Iperó – SP). São Paulo. Dissertação (Mestrado em Ciências – Geografia Humana) – DG/FFLCH/USP, 2001.

FONSECA, A. B. (coord.) Estratégia nacional de diversidade biológica - Grupo de Trabalho Temático: Contribuição para a Estratégia de Conservação In-Situ no Brasil - (versão de outubro de 1998). Disponível em: http://www.bdt.fat.org.br/publicacoes/politica/gtt/gtt2. Acesso em: 25/04/2006.

MMA – Ministério do Meio Ambiente. A Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB: Cópia do Decreto Legislativo no. 2, de 5 de junho de 1992 Brasília – DF 2000. 30 p.

__________________________. Plano Nacional de Áreas Protegidas. Brasília. 2006. 38 pg. Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em 24/04/2006a.

__________________________. Cadastro.de unidades de conservação. Brasília. 2006. 38 pg. Disponível em: www.mma.gov.br/cadastro_uc. Acesso em 25/04/2006b.

MILANO, M.S. Mitos no manejo de unidades de conservação no Brasil, ou a verdadeira ameaça. In: Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Anais, vol. 1, p. 11-25. Rede Nacional Próunidades de Conservação/Fundação o Boticário de Proteção à Natureza. Campo Grande 2000.

QUINTÃO, A. Evolução do conceito de parques nacionais e suas relações com o processo de desenvolvimento. In: Brasil Florestal. Brasília: IBDF, ano XII, n.54,1983 p. 13-28

SNUC. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. MMA/SBF. 3 ed. 2003.

TERBORGH, J; SCHAIK, C. V. Por que o mundo necessita de parques. In: TERBORGH et al. (org). Tornando os parques eficientes: estratégias para a conservação da natureza nos trópicos. Curitiba: Ed. UFPR/Fundação O Boticário, 2002. 518 p.

UICN. Estratégia Mundial para a Conservação: a conservação dos recursos vivos para um desenvolvimento sustentado. São Paulo: IISP, CESP, 1988.

WALLAUER, J. P. et al. Levantamento dos mamíferos da Floresta Nacional de Três Barras – Santa Catarina. In: Biotemas, v. 13, n. 01, p. 103-127. Florianópolis, 1997.

WALLAUER, M. T. B. Sistema de unidades de conservação federais no Brasil: um estudo analítico de categorias de manejo. Dissertação de Mestrado. Pós-graduação em Engenharia Ambiental – UFSC. Florianópolis, 1998.

Fonte: www.geografia.ufpr.br

quinta-feira, 24 de março de 2011

DIA MUNDIAL DE COMBATE A TUBERCULOSE


24 de Março



O Dia Mundial da Tuberculose foi lançado, em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra TB e Doenças Pulmonares (International Union Agaist TB and Lung Disease - IUATLD).

A data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, por Dr. Robert Koch. Este foi um grande passo na luta pelo controle e eliminação da doença que, na época, vitimou grande parcela da população mundial e hoje persiste com 1/3 da população mundial infectada: 8 milhões de doentes e 3 milhões de mortes anuais.

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose não é uma data para comemoração. É sim uma ocasião de mobilização mundial, nacional, estadual e local buscando envolver todos as esferas de governo e setores da sociedade na luta conta esta enfermidade. É o marco fundamental de uma campanha que dura até o fim do ano corrente, fator fundamental para a intensificação das ações de controle da doença.

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada “bacilo de Koch”.A transmissão ocorre através do ar. Enfermos não tratados costumam eliminar grande quantidade de bactérias no ar ambiente tossindo, falando ou espirrando. Estes micróbios podem ser inspirados por pessoas saudáveis, levando ao adoecimento.

Os principais sintomas são tosse (por mais de 15 dias), febre (mais comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil. Além do pulmão, a doença pode ocorrer em outros órgãos como as meninges (meningite), ossos, rins e etc.

A doença é curável através de tratamento com remédios fornecidos gratuitamente nos Postos de Saúde.

É muito importante que os pacientes com tuberculose não interrompam seu tratamento, para evitar o surgimento de micróbios resistentes aos remédios e o adoecimento de novas pessoas.

Fonte: Ministerio da Saúde

quarta-feira, 23 de março de 2011

DIA MUNDIAL DO METEOROLOGISTA


A data de 23 de março foi escolhida como o Dia Mundial do Meteorologista por ser a data de fundação da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) da ONU, em 23 de março de 1950. A Organização, que tem sede em Genebra, na Suíça, trabalha como facilitadora mundial, estabelecendo por exemplo as bases das contribuições da Meteorologia para a conservação dos recursos hídricos do planeta, para a identificação das causas e para o combate à desertificação, nas causas das mudanças climáticas, no manejo das reservas hídricas das megacidades e regiões agrícolas, alguns dos principais problemas que estão afetando a vida do planeta.

O tema escolhido pela WMO em 2003 para comemorar a data foi "Nosso clima futuro" (Our future climate).

O QUE É METEOROLOGIA?

Em todas as atividades que fazem parte do nosso cotidiano existe a influência das condições do tempo. É só pensar nas nossas viagens (terrestres, aéreas e marítimas), no plantio e na colheita, em todas as nossas atividades ao ar livre. Nesses momentos, a gente nem lembra que existe um monte de técnicos altamente especializados, observadores e cientistas que, apoiados pela moderna tecnologia, trabalham dia e noite para pesquisar e prever as condições do tempo que vamos enfrentar. E que este serviço muitas vezes tem salvado vidas, quando prevê por exemplo as nevascas e os tornados.

A meteorologia é o estudo científico da atmosfera em escala global, dentro de regiões e em localidades específicas, e a formulação de conclusões que permitem o conhecimento sobre os fenômenos atmosféricos e as previsões sobre o tempo.

COMO E O QUE ESTUDAM OS METEOEROLOGISAS

Existe o curso técnico, em nível de 2ºgrau, que forma esse profissional. O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, CEFET, no Rio de Janeiro, tem o curso técnico público e pioneiro desse tipo no Brasil

O curso técnico ensina todas as matérias de um curso superior e difere deste apenas no grau de aprofundamento.

O bacharelado em Meteorologia tem quatro anos de duração e é oferecido pelo Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela Universidade Federal do Pará, pela Universidade Federal da Paraíba, pela Universidade Federal de Alagoas e Universidade Federal de Pelotas (RS).

Nos dois primeiros anos se estudam as disciplinas (Física, Cálculo e Computação). Depois, entram as matérias específicas de Meteorologia. A profissão é regulamentada pela Lei Federal nº 6835/80. Os profissionais de nível médio e superior são filiados ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Um curso de extensão universitária é dado pelo Laboratório de Meteorologia da Universidade Federal do Vale do Paraíba, UNIVAP, em São José dos Campos, São Paulo.

O QUE FAZ UM PROFISSIONAL DE METEOROLOGIA

Executa previsões meteorológicas, dirige e orienta projetos científicos, pesquisa e avalia recursos naturais da atmosfera; dirige órgãos e serviços públicos e privados de meteorologia; pesquisa, planeja e dirige a aplicação da Meteorologia nos diversos campos da sua utilização; julga e decide sobre tarefas científicas e operacionais de Meteorologia.

É uma recente área interdisciplinar com oportunidades para profissionais e pesquisadores. No Brasil é uma atividade em desenvolvimento e oferece possibilidades de emprego em instituições privadas e governamentais.

A METEOROLOGIA TEM HISTÓRIA

O termo surgiu quando o filósofo grego Aristóteles, em torno de 340 a.C., à sua maneira filosófica e especulativa, escreveu um livro sobre filosofia natural denominado Meteorológica, falando sobre o tempo, o clima, sobre astronomia, geografia e química. Falava de nuvens, chuva, neve, vento, granizo, trovões e furacões. Naqueles dias, tudo o que caia do céu e qualquer coisa vista no ar era chamada de meteoro, daí o nome meteorologia.

As idéias de Aristóteles se mantiveram aceitas por quase dois mil anos. De fato, o nascimento da meteorologia como uma ciência natural genuína não aconteceu até a invenção dos instrumentos meteorológicos (os termômetros, no fim do século XIV, o barômetro, para medir pressão atmosférica, em 1643, e o higrômetro, para medidas de umidade, no final do século XVIII).

A invenção do telégrafo, em 1843, permitiu a transmissão das observações rotineiras do tempo.

Depois, cartas sinóticas simples ("cartas de tempo") foram traçadas.

Em torno de 1920, os conceitos de massa de ar e frentes foram formulados na Noruega.Na década de 40, as observações diárias de temperatura, umidade e pressão, feitas com radiossondas (balões de ar superior), deram uma visão tridimensional da atmosfera.

Com os computadores, na década de 50, a Meteorologia deu outro salto, e passou a resolver equações que descrevem o comportamento da atmosfera. Em 1960, o Tiros I, o primeiro satélite meteorológico lançado, colocou a Meteorologia na era espacial.

Os satélites estão capacitados a suprir os computadores com uma série de dados sobre todo o globo com previsões cada vez mais confiáveis

Fonte: www.ibge.gov.br

terça-feira, 22 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA ÁGUA


22 de Março



Nosso planeta tem cerca de dois terços só de água. Pela lógica, parece haver água sobrando para a população, não é? Parece um absurdo falar em crise da água?

Vamos aos fatos: 97% da água do planeta são água do mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta. Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.

Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios - o que é fatal para os peixes. A pouca água que existe fica ainda mais comprometida. Isto exige a construção de estações de tratamento de esgoto e dessalinização, por exemplo. E exige conscientização para que se evite o desperdício e a poluição, principalmente nas grandes cidades.

Com o objetivo de chamar a atenção para a questão da escassez da água e, conseqüentemente, buscar soluções para o problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água: 22 de março.

Por conta disso, a ONU também elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água", que trata desse líquido como a seiva do nosso planeta.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Água, ela é seiva do nosso planeta e condição essencial da vida na terra. Confira os artigos:

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra

A ÁGUA E NOSSO FUTURO

De acordo com a ONU, o uso da água triplicou de 1950 para cá. Para o futuro, estima-se que nos próximos 20 anos o homem vai usar 40% a mais de água do que usa agora.

Antes que esse dia chegue, imagine só como ficarão as pessoas que, no presente, já carecem de água. É o caso de cerca de 200 milhões de pessoas na África hoje e que, no futuro, podem chegar a 230 milhões sofrendo com a escassez de água.

O que pouca gente se dá conta é de que os problemas relacionados à água estão mais ligados à má administração de recursos do que propriamente da escassez natural. Isto quer dizer que o futuro pode ser um pouquinho melhor, se soubermos utilizar a água e criarmos soluções para situações críticas.

No caso das regiões semi-áridas brasileiras, por exemplo, isto fica bem claro: a região tem um índice pluviométrico (quantidade de chuva) bem alto - mais alto até do que de muitas outras regiões. O problema é a irregularidade dessas chuvas, os chamados períodos de "seca". Adaptando-se a essa realidade, é possível manejar o problema da água na região e a vida de muitas pessoas melhoraria! É possível um futuro melhor para a população.

DICAS PARA USAR, SEM DESPERDIÇAR!

Escovando os dentes: com a torneira fechada, claro! Você só precisa abrir na hora certa, quando vai enxaguar a boca. Assim, você deixa de desperdiçar até 80 litros de água.

Na hora de lavar a louça, atenção: não deixe a torneira aberta enquanto ensaboa e aproveite para enxaguar toda a louça de uma vez só! Com isso você pode deixar de desperdiçar até 100 litros de água! E, já que não custa lembrar, utilize sabão ou detergente biodegradáveis, que não poluem os rios porque se decompõem facilmente.

Quando for lavar o automóvel, use um balde! Pode não parecer, mas enquanto um banho de mangueira de meia hora consome até 560 litros, usando um balde o gasto não passaria de 40. Viu só a diferença? Os maiores desperdícios a gente nem nota...

Lavar a calçada com a mangueira também é um desperdício. Principalmente para quem aproveita para pôr as fofocas em dia enquanto molha o passeio... Por isso, na hora de lavar a calçada, também é melhor usar um balde, evitando-se um gasto que poderia chegar a 280 litros (quinze minutos de esguicho). Mas o melhor mesmo é usar uma vassoura, que dispensa água!

Banhos longos gastam de 95 a 180 litros de água. Banhos rápidos economizam água e energia. E banhos de banheira usam mais água ainda, cerca de 200 litros

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

domingo, 20 de março de 2011

DEIXE A VIDA ENTRAR...




Não sei porque criamos tanta expectativa em cima de como as coisas deveriam
ser e, com isso, colocamos um peso enorme sobre elas.... um peso muito maior
do que elas realmente têm. As coisas são o que são e se a gente vivesse
simplesmente cada coisa no momento emq ue ela se apresenta...sem os
inúmeros ensaios que costumamos fazer, elas, com certeza, fluiriam mais
naturalmente.
Acho que ensaiamos demais a vida... perdemos o presente ensaiando
o futuro...
E quando a peça que estará em cartaz no futuro, não é aquela que ensaiamos,
ficamos perdidos no papel...
Ultimamente tenho visto tanta gente perdida no papel, porque a peça em
cartaz não tem nada a ver com a que foi ensaiada, que me deu vontade de falar
um pouco sobre viver o presente... aceitando o que a vida trz a cada dia...
sem se prend er a planos e expectativas de um futuro imaginário...
Viver o presente, sem se prender a ele, para não correr o risco de ficar preso
ao passado.... é mais fácil, quando não temos nada a defender...
Quando criamos muitos planos e nos prendemos a eles... passamos a vida
defendendo esses planos, muitas vezes lutando com a realidade que é bem
diferente do que sonhamos...E acreditem, pode ser muito melhor do que
sonhamos se nos permitirmos vivê-la.
Vejo tanta gente resistindo à vida só porque ela não se encaixa nos papéis
ensaiados... tanta gente fazendo um esforço enorme para fechar a porta à vida
como se adiantessem esses esforços.Eles só fazem atrasar a passagem da vida,
porque o que é do nosso destino acontece de uma forma ou de outra...
Quando tentamos impedir a vida de passar... fechando-lhe a porta em que se
apresenta, gastamos tanta energia que, quando finalmente ela passa, nem
temos mais forças para vicê-la.
Aceitar o q ue a vida nos oferece a cada dia, pode tornar bem mais leve a nossa
existência...Mas para que essa aceitação seja profunda e verdadeira, é preciso
abrir mão daquelas coisas que saíram um pouco diferentes daquilo que
planejamos... ou muito diferentes,...
Se a vida está fugindo às nossas expectativas...vamos fugir também.
Se as coisas não aconteceram daquela forma que planejamos, com certeza,
o nosso não era o melhor plano e o Universo tinha outro melhor para nós.
Mas, se resistirmos nem percebemos que planos são esses e muitas coisas
encantadas passam diante de nossos olhos que estão presos ao que deveria
ter sido e não foi.
Deixe a vida entrar e flua com ela...Ela pode trazer o que você nunca sonhou...
e aí é que está o eancantamento...

Rubia A. Dantés


PS- Recebi da amiga Cida, achei tão lindo que resolvi postar aqui. Espero que gostem também. Bjus mil

sábado, 19 de março de 2011

Dia do Artesão


19 de março é comemorado o dia do artesão.

Em 19 de março comemora-se o Dia do Artesão em todo o Brasil. Vale lembrar que dia 19 é o dia do carpinteiro, dia do marceneiro e dia de São José. Confira alguns eventos especiais do Dia do Artesão que promovem o artesanato e o admirável ofício.

A tecnologia trouxe muitas modificações na vida das pessoas, muitas profissões ficaram ultrapassadas e até mesmo acabaram ou foram substituídas, mas existem outras que permanecem mesmo com o passar dos anos e com toda inovação trazida pela tecnologia justamente por sua peculiaridade. Uma dessas profissões é a de artesão.

O principal motivo dessa profissão ainda existir, e com muita força é em função da cultura de cada região, tanto em nosso país como em várias partes do mundo.

A palavra ?artesão? significa ?indivíduo que pratica arte ou ofício que dependem de trabalhos manuais?, isto quer dizer que qualquer peça produzida pelo artesão é única e foge de qualquer processo de produção em série realizado por indústrias.

FAzer arte é transformar com liberdade e criatividade, a mais dura matéria na mais singela obra-prima!

quinta-feira, 17 de março de 2011

DIA DO CARPINTEIRO E DO MARCENEIRO


17 de Março
Diz-se que há uma grande diferença entre Carpinteiro e Marceneiro, sendo este último o profissional que trabalha a madeira com mais arte, com cuidados mais refinados, produzindo objetos que exigem maior aformoseamento. O Carpinteiro é um profissional indispensável na construção civil, sendo ele o responsável pela construção de fôrmas de madeira para enchimento de concreto, ou trabalhos de estrutura de telhados, ou esquadrias de portas e janelas, quando de madeira. A palavra carpintaria é originária do latim carpentarius, que seria o construtor de carros, daí significando o trabalho de madeira mais bruto, ou mais pesado.

Já o Marceneiro, em geral, não trabalha nas obras de construção civil, cuidando mais dos complementos em móveis, tais como a construção de armários, estantes, mesas, camas etc

Segundo o Ministério do Trabalho, o marceneiro entra em contato freqüentemente com produtos tóxicos e ruídos intenso, o que pode ser prejudicial à sua saúde.

Mas não são somente o ruído e os produtos que podem prejudicar a saúde deste profissional. Como trabalham sob encomenda, muitas vezes, a pressão de entregar o produto na data marcada faz com que o carpinteiro trabalhe em situação de estresse.

Além disso, a alta temperatura a que é submetido durante o processo de modelação da madeira também pode lhe fazer mal.

Para se proteger dos riscos a que está exposto, o carpinteiro e o marceneiro deve utilizar equipamento de proteção individual, que no seu caso seriam luvas, tampão de orelhas e, em alguns casos, óculos para se proteger de luz intensa.

Na luta para melhorar as condições de vida em seu meio ambiente, o homem adotou diversas espécies de habilitação, valendo-se dos materiais disponíveis e de acordo com as condições de sua região, cada grupo social, formou seu tipo de moradia. Sua única função é dar proteção contra o sol, chuva, frio, calor ou ataque de animais. Os carpinteiros criaram habitações mais ou menos padronizada

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

quarta-feira, 16 de março de 2011

POR QUE O BRASIL TEM POUCOS DESASTRES NATURAIS?


Estamos livres de uma série de desgraças como terremotos, vulcões e furacões por causa de fatores geológicos e climáticos. Catástrofes como sismos, vulcanismo e ondas gigantes estão ligadas aos movimentos na crosta da Terra. A gente nem percebe, mas sua superfície anda: ela está dividida em placas, que deslizam sobre o magma (rochas derretidas pelo calor) entre 1 e 20 centímetros por ano. Nos encontros dessas placas é que ocorre a maior parte dos terremotos e vulcões (veja infográfico).

“No Brasil não há limite de placas ativas: estamos em cima de uma grande placa”, afirma o geólogo Edson Farias Mello, da UFRJ. No entanto, alguns abalos sísmicos de baixa intensidade podem ser sentidos por aqui. “Eles são reflexo de terremotos ocorridos nos Andes ou de pequenos movimentos que nossa estrutura geológica ainda provoca. Estamos sobre zonas que já foram ativas entre 600 milhões e 800 milhões de anos atrás”, diz o geólogo Caetano Juliani, da USP.

A pouca ocorrência de ventos devastadores como furacões, tufões e ciclones é devida à baixa temperatura do mar – nossos mares dificilmente atingem os 26,5 graus necessários para a formação das piores tempestades. Furacões e tufões são a mesma coisa, só com nomes diferentes. Ciclones são diferentes nas condições de formação e, geralmente, são mais brandos. “Um furacão deve ter ventos superiores a 118 quilômetros por hora, mas há ciclones com ventos muito intensos”, diz a meteorologista Rosmeri da Rocha, da USP. O Catarina, por exemplo, que passou em março pelo sul do Brasil, tinha características tanto de ciclone quanto de furacão, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ele é uma prova de que sempre pode dar zebra em nossa terra abençoada.

A TERRA EM FÚRIA

Movimento de placas causa maremotos, tremores e vulcões

1a. Tremor profundo

Os deslocamentos de placas tectônicas, quando ocorrem sob os oceanos, geram vibrações que agitam a água

1b. Surfe letal

As vibrações do tremor dão origem a ondas. São as chamadas tsunamis, palavra japonesa que significa “marés de terremoto”

1c. Maré godzilla

À medida que o mar fica mais raso, a parte emersa da onda se torna mais alta. Há tsunamis que chegam a atingir 30 metros

2a. Terra quebrada

O tipo mais destrutivo de terremoto ocorre quando placas vizinhas se movem lateralmente, esbarrando uma na outra

2b. Poço do inferno

Esses movimentos literalmente abrem o chão ao meio e provocam o surgimento de fendas com milhares de metros de comprimento

3a. Buraco quente

Nos vulcões, uma placa bate em outra e mergulha para o fundo da Terra, onde as altas temperaturas transformam a rocha em magma

3b. Nasce uma montanha

Menos denso que a rocha sólida, o magma tende a subir para a superfície. Solidificado, ele forma a elevação do vulcão

3c. Esguicho de fogo

Uma vez formados, os vulcões permanecem ativos enquanto ocorrer o movimento das placas. Depois que é expelido da cratera, o magma passa a ser chamado de lava

Marcos Nogueira
Cláudia de Castro Lima

Fonte: super.abril.com.br

terça-feira, 15 de março de 2011

DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR


O dia 15 de março é o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor. E você sabe por que esse assunto é do seu interesse? Nós vamos explicar.

Todo ser humano é um consumidor. As pessoas comem, vestem-se, divertem-se; compram apartamentos, móveis, CDs, revistas, livros, eletrodomésticos e utilizam serviços telefônicos e bancários, entre muitas outras coisas. Resumindo, consumidor é toda pessoa física (indivíduo) ou jurídica (empresa, associação ou qualquer outra entidade) que adquire um produto ou serviço para uso próprio.

As empresas ou pessoas que produzem ou vendem produtos ou serviços são chamadas de fornecedores e tudo o que oferecem aos consumidores deve ser de qualidade, com um preço justo e que atenda àquilo a que se propõe, sem enganar o comprador. É um direito do consumidor, garantido pela Lei no 8.078, de 11/09/90, que criou o Código de Defesa do Consumidor.

O Código, que entrou em vigor em 1991, é uma lei de ordem pública que estabelece direitos e obrigações de consumidores e fornecedores, para evitar que os consumidores sofram qualquer tipo de prejuízo.

Mas para que todos consigam defender seus interesses é importante que cada um de nós contribua com o seu comportamento cuidadoso e vigilante. Recentemente, as denúncias dos consumidores sobre alguns supermercados que vendiam produtos que tinham um preço na prateleira e na verdade eram mais caros quando passavam pela leitura do código de barras fez com que autoridades determinassem a volta das etiquetas nos produtos. É dever do consumidor ter atitudes que façam com que os fornecedores o respeitem.

Agindo dessa forma você estará exercendo seu papel de cidadão ao defender seus direitos e também estará contribuindo para melhorar o nível de vida de todos os brasileiros.

DICAS PARA CONSUMIR MELHOR

Você não deve comprar

Produtos com prazo de validade vencido. Preste atenção aos prazos indicados nas embalagens de alimentos e remédios.

Produtos com má aparência; latas amassadas, estufadas ou enferrujadas; embalagens abertas ou danificadas.
Produto com suspeita de ter sido falsificado.

Produtos que não atendam à sua real finalidade. Por exemplo: chuveiro elétrico ou ferro de passar que não esquentem. Se o produto não funcionar como deve, troque ou devolva onde comprou.

VOCÊ NÃO DEVE CONTRATAR

Profissionais que não tenham condição de realizar o serviço, fazendo experiências no seu produto ou na sua casa. Prefira um profissional recomendado.

Qualquer serviço sem orçamento. Além do valor, o orçamento deve estabelecer a forma de pagamento, o tempo execução do serviço, o tipo de material a ser usado e detalhes do serviço a ser executado. O documento tem validade de 10 dias, a partir da data de recebimento pelo consumido

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

domingo, 13 de março de 2011

O QUE É UM TSUNAMI? UM DELES PODE ATINGIR O BRASIL?


É possível definir um tsunami de maneira simples, como sendo um terremoto entre as placas tectônicas sobre as quais está o oceano. Esse tremor de terras no solo do mar provoca uma agitação imensa das águas, resultando em ondas que chegam de maneira violenta e desordenada ao litoral. As consequências são terríveis, como foi possível observar na Ásia em 2004, com cerca de 200 mil mortos e desaparecidos, e agora, na Oceania, com pelo menos uma centena de mortos e um número indeterminado de desaparecidos.

No Brasil, as chances de um tsunami são praticamente inexistentes, conforme explica Wilson Teixeira, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP). "O país fica no interior de uma placa tectônica bem antiga. Todos os registros de tremor ou movimento das bordas das placas que chegam ao nosso continente são muito fracos, o que elimina o risco. E, além disso, o oceano Atlântico não tem registros de terremotos da mesma magnitude que o Índico", afirma o geólogo, que foi o responsável pela criação de um ambiente simulador de tsunami no museu Estação Ciência de São Paulo.

Além disso, o professor explica que as placas que recobrem o planeta se movem em velocidades diferentes e aquela sobre a qual o Brasil está se move com uma velocidade muito menor do que as da Ásia e da Oceania. "Por ano, as placas do oceano Atlântico sofrem uma separação de 2 centímetros, enquanto naquelas regiões são 8 centímetros. Por isso, não há chance de eventos agressivos aqui”, diz.

Na época da tragédia na Ásia, em 2004, especulou-se que o oceano Atlântico também tenha sofrido reflexos da movimentação das águas no Índico. “Houve muita discussão a esse respeito, porque alguns dias depois foi medida uma movimentação estranha de ondas do nosso litoral. No entanto, jamais se chegou a uma conclusão se isso seria uma resposta muito distante do que aconteceu lá ou somente picos anômalos de maré no Atlântico”, explica o professor.

Outra especulação é se um evento vulcânico nas Ilhas Canárias espanholas poderia causar um tsunami. “É uma hipótese meramente teórica que não se confirma”, declara o especialista.

Fonte: revistaescola.abril.com.br

sábado, 12 de março de 2011

DIA DO ANIVERSÁRIO DE RECIFE


Em 12 de março de 1537 exatamente, a capital do estado de Pernambuco, Recife, era fundada. O nome foi escolhido por causa dos arrecifes - rochedos de coral e arenito formando uma muralha natural que circundam todo seu litoral.

Localizada na foz dos rios Capiberibe e Beberibe, Recife é conhecida como a "Veneza brasileira", em alusão à cidade italiana que tem inúmeros canais e pontes atravessando seus rios.

É considerada uma cidade histórica por ter várias construções tombadas pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade e muito visitada por turistas fascinados pela beleza de seu litoral.

SOB O DOMÍNIO HOLANDÊS

Recife era uma pequena colônia de pescadores quando foi fundada, em 1537. Por ser uma cidade litorânea, logo foi construído um porto, utilizado por Olinda, outra cidade pernambucana, na época, capital da Capitania, para escoar a produção de açúcar.

Com o incremento da atividade portuária, Recife se desenvolveu rapidamente e sua prosperidade logo atraiu colonizadores, vindos de terras distantes como a Holanda.

Em 1630, os holandeses desembarcaram em Pernambuco, precisamente na praia conhecida como Pau Amarelo. Logo alcançaram Olinda e depois Recife. Permaneceram no estado por 24 anos, principalmente na capital, que foi a sede do domínio holandês.

Os holandeses foram liderados por João Maurício, o Conde de Nassau-Liegen, que, em 1637, deu início ao processo de urbanização e construção da "Mauritzstadt" também chamada de cidade Maurícia.

Maurício de Nassau assumiu o cargo de governador de 1637 a 1644. Neste período se preocupou com o embelezamento e modernização da cidade. Pavimentou ruas, drenou pântanos, construiu pontes, canais, estradas, escolas, um jardim botânico (o primeiro do Brasil) e um observatório astronômico. Transformou o que era um pequeno vilarejo num moderno centro urbano. E com o objetivo de investir em cultura, copiando o que vira nas cidades européias que visitou, importou missões artísticas e científicas para cidade, tornando-a pólo cultural do Nordeste.

Fonte:UFGNet

quinta-feira, 10 de março de 2011

HISTÓRIA DO TELEFONE


TELEFONE

Meio de comunicação verbal com emprego da corrente elétrica. As ondas do som da voz entram no bocal do fone e agitam um microfone que contém carvão granulado por trás de uma delgada lâmina de metal, o diafragma. As vibrações do diafragma causam a compressão dos grânulos, o que lhes altera a resistência à passagem da corrente elétrica. Daí resulta uma corrente variável que é levada por um fio condutor à extremidade oposta da linha, onde passa no auricular de outro telefone, para dentro de um eletro-imã, e faz vibrar um diafragma de aço, fixado à frente, de acordo com as variações da corrente. As vibrações do diafragma do auricular são transformadas em sons idênticos aos que, originariamente, incidiram sobre o microfone do bocal no outro extremo da linha. (Verbete extraído da "Moderna Enciclopédia Pongetti Júnior para a Juventude - 1969).

Esta era a definição para o telefone há 30 anos atrás, hoje, modernas células fono-captoras cumprem o papel que à época era feito pelo carvão.





Antes de 1900, o brasileiro Pe. Roberto Landell de Moura conseguiu transmitir e receber mensagens faladas com um aparelho rudimentar que funcionava sem o uso de fios. Foi ele o inventor da válvula de três pólos ou triodo, com o qual era possível modular uma corrente elétrica e transmití-la sem fios a longas distâncias.









A HISTÓRIA DO TELEFONE

1876 - 10 de março

Em Boston , Massachussetes, Alexander Graham Bell, nascido na Escócia, utiliza seu invento para transmitir uma mensagem ao seu auxiliar Thomas Watson: era o Telefone ! . Em maio desse ano, Alexander Graham Bell, com seu invento já patenteado, levou o telefone para a Exposição Internacional comemorativa ao Centenário da Independência Americana, na Filadélfia, colocando-o sobre uma mesa à espera do interesse dos juízes, o que não correspondeu às expectativas. Dois meses após, D. Pedro II, Imperador do Brasil, chega em visita à Exposição. Tendo, há tempos, assistido a uma aula de Graham Bell para surdos-mudos, saudou o jovem professor. Dom Pedro II abriu caminho para a aceitação do invento. Os juízes começaram a se interessar. O Telefone foi examinado. Graham Bell estendeu um fio de um canto a outro da sala, dirigiu-se ao transmissor e colocou D. Pedro na outra extremidade. O silêncio era total. D. Pedro tinha o receptor ao ouvido quando exclamou de repente: Meu Deus, isto fala ! Menos de um ano depois, já estava organizada, em Boston, a primeira Empresa Telefônica do mundo, a Bell Telephone Company, com 800 telefones.

1901

Pe. Landell de Moura testa seus inventos e registra no Serviço de Patentes dos Estados Unidos - U.S. Patent Office, três inventos originais: "Um transmissor de ondas", um tipo especial de "telégrafos sem fios" e um modelo pioneiro de "telefone sem fios". .









O TELEFONE NO BRASIL

1879 - 15 de novembro

Surgia, no Rio de Janeiro, o primeiro telefone, construído para D. Pedro II nas oficinas da Western and Brazilian Telegraph Company. Foi instalado no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, hoje, Museu Nacional. Foi autorizada a organização da Cia. Telefônica Brasileira através do Decreto Imperial nº 7.539.

1883

O Rio de Janeiro já possuía cinco estações de 1000 assinantes cada uma e, ao terminar o ano, estava pronta a primeira linha interurbana ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis.

1888 - 13 de outubro

Estava formada a Telephone Company of Brazil, com capital de US$ 300 mil, integralizado por 3 mil ações de US$ 100.

1910

Foi inaugurado o primeiro cabo submarino para ligações nacionais entre Rio de Janeiro e Niterói. Nessa época, 75% dos telefones instalados no país pertenciam à Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company e, o restante, distribuía-se por outras 50 empresas menores.

1923 - 11 de janeiro

A Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company passou a denominar-se Brazilian Telephone Company, facultada a tradução do nome para o português. 28 de novembro - A Brazilian Telephone Company passou a denominar-se Companhia Telefônica Brasileira - CTB. Foi instalada, em São Paulo, a primeira central automática do País, que dispensava o auxílio da telefonista.

1932 - 28 de janeiro

Foram inaugurados os circuitos rádio telefônicos Rio de Janeiro - Buenos Aires, Rio de Janeiro - Nova York e Rio de Janeiro - Madri.

1939 - 27 de julho

Foi instalado no país, o 200.000º telefone automático pela Companhia Telefônica Brasileira - CTB.





1956 - 28 de novembro

Foi nacionalizada a CTB, fixando sua sede no Rio de Janeiro, com serviços extensivos a São Paulo. Introduzido o sistema de micro-ondas e de Discagem Direta a Distância - DDD.

1960

Inicia-se, no Brasil, a fabricação de peças e equipamentos telefônicos.

1962 - 27 de agosto

Foi criado o Código de Telecomunicações do Brasil através da Lei 4.117. A Empresa Brasileira de Telecomunicações - Embratel foi criada com a tarefa de construir o Sistema Nacional de Telecomunicação, e explorar as telecomunicações de âmbito internacional e interestadual, empregando recursos provenientes do Fundo Nacional de Telecomunicações, constituído de uma taxa de 30% sobre as tarifas telefônicas.

1967 - 28 de fevereiro

Criado o Ministério das Comunicações, tendo como patrono o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.





1972 - 11 de julho

O Poder Executivo foi autorizado a constituir a Telecomunicações Brasileiras S/A - Telebrás, através da Lei 5972 que instituía a política de exploração de serviços de telecomunicações. A partir daí, a responsabilidade pelo funcionamento de todo o sistema de telecomunicações do Brasil coube à Telebrás (empresa holding), à Embratel e às empresas estaduais que foram criadas através da incorporação formal dos serviços existentes no território nacional.1997 - 16 de julho

Sancionada pelo Presidente da República a Lei Geral das Telecomunicações - LGT nº 9.472 que: regulamenta a quebra do monopólio estatal do setor; autoriza o governo a privatizar todo o Sistema Telebrás e cria a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações, com a função de órgão regulador das Telecomunicações. É uma entidade integrante da Administração Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial e vinculada ao Ministério das Comunicações.





1998 - 29 de julho

De acordo com a nova Lei Geral das Telecomunicações, acontece a privatização do Sistema Telebrás na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O Sistema Telebrás, avaliado em R$ 13,47 bilhões e vendido por R$ 22 bilhões, foi dividido em 12 empresas:

Na telefonia fixa

Tele Centro Sul Participações S.A., Tele Norte Leste Participações S.A. e Telesp Participações S.A.

Na telefonia móvel

Tele Norte Celular, Tele Centro Oeste Celular, Tele Nordeste Celular, Tele Leste Celular, Telesp Celular, Tele Sudeste Celular, Telemig Celular e Tele Celular Sul.

Embratel

Operadora de longa distância.





Fonte: www.bricabrac.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

ANTIOXIDANTES


Quem tem o poder de reverter o processo de envelhecimento, aumentar a energia e fazer com que as pessoas se sintam mais jovens? Segundo os defensores das pílulas, os responsáveis por isso são os antioxidantes. Mesmo assim, a FDA - Food and Drug Administration - Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA -proibiu os fabricantes de declarar que os antioxidantes reduzem os riscos de doenças.

A cada ano, um número incontável de americanos gasta bilhões de dólares com suplementos antioxidantes (perto de US$ 2 bilhões, somente com betacaroteno e vitaminas C e E), acreditando que eles reduzem consideravelmentete o risco de câncer, doenças cardíacas e perda de memória. Entretanto, a maioria dos especialistas concorda que tomar antioxidantes não é uma solução para ter uma boa saúde ou a resposta para permanecer jovem. Então, que conclusão podemos tirar disso?

Neste artigo, aprenderemos a verdade sobre os antioxidantes: o que são, como funcionam, a quantidade necessária, onde achar as melhores fontes de dieta e o que as últimas pesquisas científicas dizem a respeito.

O QUE SÃO ANTIOXIDANTES

Como o nome diz, os antioxidantes são substâncias capazes de agir contra os danos normais causados pelos efeitos do processo fisiológico de oxidação no tecido animal. Nutrientes (vitaminas e minerais) e enzimas (proteínas no seu corpo que ajudam as reações químicas) são antioxidantes. Acredita-se que os antioxidantes ajudam na prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas como o câncer, as doenças cardíacas, derrame, Mal de Alzheimer, artrite reumatóide e catarata.

O estresse oxidativo ocorre quando a produção de moléculas prejudiciais, chamadas de radicais livres, está além da capacidade protetora das defesas antioxidantes. Os radicais livres são átomos quimicamente ativos ou moléculas que apresentem um número ímpar de elétrons na sua órbita externa. Exemplos de radicais livres são o ânion superóxido, o radical hidroxila, os metais de transição como o ferro e o cobre, o ácido nítrico e o ozônio. Os radicais livres contém oxigênio conhecido como espécies reativas de oxigênio (ROS), que são os radicais livres biologicamente mais importantes. Os ROS incluem os radicais superóxidos e o radical hidroxila mais os derivados do oxigênio que não contém elétrons ímpares, como o peróxido de hidrogênio e o oxigênio "singlete".

Como têm um ou mais elétrons ímpares, os radicais livres são altamente instáveis. Eles vasculham o seu corpo para se apropriar ou doar elétrons e, por esta razão, prejudicam as células, proteínas e DNA (material genético). O mesmo processo oxidativo também causa o ranço no óleo, a cor marrom em maçãs descascadas e a ferrugem no ferro.

É impossível evitarmos os danos causados pelos radicais livres. Eles são resultado de diversos processos orgânicos e são precipitados por vários fatores exógenos (do exterior) e endógenos (fontes internas) do nosso corpo. Os oxidantes que se desenvolvem dos processos internos do nosso corpo são formados pelo resultado natural da respiração aeróbica, metabolismo e inflamação. Os radicais livres exógenos são formados através de fatores ambientais como poluição do ozônio, luz solar, exercício físico, raios-X, nicotina e álcool. O nosso sistema antioxidante não é perfeito, então, com a idade, as células são danificadas pelo acúmulo de oxidação.

O PROCESSO ANTIOXIDANTE

Os antioxidantes bloqueiam o processo de oxidação neutralizando os radicais livres. Fazendo isto, eles mesmos tornam-se oxidados. Esta é a razão pela qual existe uma necessidade constante de recarregar os nossos recursos antioxidantes.

FUNCIONAMENTO DOS ANTIOXIDANTES

Quebra da cadeia - quando um radical livre libera ou rouba um elétron, um segundo elétron é formado. Esta molécula circula pelo corpo e faz a mesma coisa com uma terceira molécula, gerando assim mais produtos instáveis. Como isto acontece? Ou o radical é estabilizado por um antioxidante que quebra a cadeia tal como o betacaroteno e as vitaminas C e E ou simplesmente se decompõe em um produto inofensivo.

Preventiva - as enzimas antioxidantes como o superóxido dismutase, a catalase e a glutationa peroxidase previnem a oxidação reduzindo a taxa de iniciação da cadeia. Isto significa que procurando radicais na etapa de iniciação, tais antioxidantes podem impedir que o processo de oxidação se inicie. Estas enzimas podem, também, prevenir a oxidação estabilizando os metais de transição como o cobre e o ferro.

A eficácia de qualquer antioxidante no corpo depende do radical livre que está envolvido, como e onde ele é gerado e onde a lesão se encontra. Conseqüentemente, enquanto em um determinado corpo um antioxidante protege contra os radicais livres, em outro ele pode não ter este mesmo efeito. Em algumas circunstâncias eles podem até mesmo agir como um pró-oxidante, que gera espécies tóxicas do oxigênio.

TIPOS DE ANTIOXIDANTES

NUTRIENTES ANTIOXIDANTES

Os antioxidantes da nossa dieta parecem ser de grande importância no controle dos danos causados pelos radicais livres. Cada nutriente é único em termos de estrutura e função antioxidante.

A vitamina E é um nome genérico para todos os elementos (até o momento, foram identificados oito deles) que apresentam atividade biológica do isômero alfa tocoferol. Um isômero tem duas ou mais moléculas com a mesma fórmula química e arranjos atômicos diferentes. O alfa tocoferol, o mais conhecido e disponível isômero do mercado, tem maior biopotência (maior efeito no corpo). Por ser solúvel em gorduras, o alfa tocoferol está em uma posição única para proteger as membranas das células, que são em sua grande maioria compostas de ácidos gordurosos, dos danos causados pelos radicais livres. Ele também protege as gorduras em lipoproteínas de baixa densidade (LDLs ou colesterol "ruim") da oxidação.

A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é solúvel em água. Sendo assim, ela procura por radicais livres que estão em um meio aquoso (líquido), como o que está dentro das nossas células. A vitamina C funciona sinergicamente com a vitamina E para eliminar os radicais livres. A vitamina C também regenera a forma reduzida (estável) da vitamina E.

O betacaroteno também é uma vitamina solúvel em água e é amplamente estudada entre os 600 carotenóides identificados até o momento. Ela é encarada como a melhor eliminadora do oxigênio singlete, que é uma forma energizada, mas sem carga do oxigênio, que é tóxica para as células. O betacaroteno é excelente para procurar por radicais livres em uma concentração de oxigênio baixa.

O selênio é um elemento essencial. É um mineral que precisamos consumir em pequenas quantidades e sem o qual não poderíamos sobreviver. Ele forma o centro ativo de várias enzimas antioxidantes incluindo a glutationa peroxidase.

Similar ao selênio, os minerais manganês e zinco são microelementos que formam uma parte essencial das várias enzimas antioxidantes.

ENZIMAS ANTIOXIDANTESAs enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) servem como linha primária de defesa na destruição dos radicais livres.

O SOD primeiro reduz (adiciona um elétron) o radical superóxido (O2-) para formar peróxido de hidrogênio (H2O2) e oxigênio (O2). 2O2- + 2H --SOD--> H2O2 + O2

2O2- + 2H --SOD--> H2O2
+ O2

2O2- + 2H --SOD--> H2O2
+ O2

2O2- + 2H --SOD--> H2O2
+ O2

2O2- + 2H --SOD--> H2O2
+ O2

A catalase e a GPx então trabalham simultaneamente com a proteína glutationa para reduzir o peróxido de hidrogênio e por fim produzir água (2O).

2H2O2--CAT--> H2O
+ O2

H2O2 + 2glutationa --GPx--> glutationa
oxidada + 2H2O

2H2O2--CAT--> H2O
+ O2

H2O2 + 2glutationa --GPx--> glutationa
oxidada + 2H2O

2H2O2--CAT--> H2O
+ O2

H2O2 + 2glutationa --GPx--> glutationa
oxidada + 2H2O

2H2O2--CAT--> H2O
+ O2

H2O2 + 2glutationa --GPx--> glutationa
oxidada + 2H2O

2H2O2--CAT--> H2O
+ O2

H2O2 + 2glutationa --GPx--> glutationa
oxidada + 2H2O

A glutationa oxidada é então reduzida por uma outra enzima oxidante - a glutationa redutase.

Juntas, elas consertam o DNA oxidado, reduzem a proteína oxidada e destroem os lipídios oxidados, substâncias parecidas com gordura que são componentes das membranas das células. Várias outras enzimas agem como um mecanismo de defesa antioxidante secundário para proteger você de futuros danos.

OUTROS ANTIOXIDANTES

Além das enzimas, vitaminas e minerais, existem outros nutrientes e compostos que têm propriedades antioxidantes. Entre eles está a coenzima Q10 (CoQ10 ou ubiquinona), que é essencial para a produção de energia e proteção do corpo contra radicais livres destrutivos. O ácido úrico, um produto do metabolismo do DNA, é reconhecido como um importante antioxidante. Além disso, as substâncias em plantas chamadas fitoquímicos estão sendo estudadas por suas atividades antioxidantes e o potencial de estímulo à saúde.

OS ANTIOXIDANTES MELHORAM A SAÚDE

Visto que os antioxidantes agem contra os efeitos prejudicais dos radicais livres, poderíamos pensar em consumir o máximo possível deles. No entanto, mesmo sendo componentes necessários para uma boa saúde, ainda não está claro se os suplementos devem ser tomados. E se devem, qual é a quantidade a ser consumida. Há algum tempo pensava-se que os suplementos eram inofensivos, mas sabe-se agora que o consumo de altas doses de antioxidantes pode ser prejudicial devido ao alto potencial de toxicidade e interação com medicamentos. Lembre-se: os antioxidantes por si só podem agir como pró-oxidantes em níveis elevados.

Então, existe alguma base científica para todo este alarde feito sobre os antioxidantes? Os estudos experimentais realizados até agora tem resultados distintos, abaixo relacionados.

O Estudo de Prevenção do Câncer com Betacaroteno e Alfa Tocoferol (ATBC), envolveu homens finlandeses fumantes e consumidores de álcool. Os voluntários receberam doses de 20 mg de betacaroteno sintético ou 50 mg de vitamina E ou uma combinação dos dois ou um placebo. Depois de oito anos, os voluntários que tomaram vitamina E tiveram 32% menos diagnósticos de câncer de próstata e 41% menos mortes por câncer de próstata comparados aos homens que não tomaram vitamina E. Entretanto, após apenas quatro anos, houve 16% mais casos de câncer de pulmão e 14% mais mortes por câncer de pulmão no grupo que tomou somente o betacaroteno.

No experimento da eficácia do Retinol e do Carotenóide (CARET), os voluntários eram fumantes ou trabalhadores expostos ao amianto. Eles receberam uma combinação de 30 mg de betacaroteno sintético e 25 mil UI (unidades internacionais) de retinol (vitamina A pré-formada) ou placebo. Este estudo foi interrompido cedo porque os resultados preliminares mostraram um aumento de 28% na taxa de câncer de pulmão no grupo que tomou betacaroteno comparado ao grupo que tomou placebo.

Um estudo feito sobre a saúde (PHS) de 22 mil médicos, dos quais 11% eram fumantes e 40% ex-fumantes, não mostrou um efeito protetor nem um efeito tóxico após 12 anos de acompanhamento. Os participantes foram aleatoriamente escolhidos para receber ou 50 mg de betacaroteno em dias intercalados ou placebo. Um segundo estudo PHS está em andamento para testar o betacaroteno, a vitamina E, a vitamina C e a multivitamina com ácido fólico em homens saudáveis com 65 anos ou mais para o diminuir o declínio cognitivo.

Um estudo realizado em 1997 e publicado no Jornal da American Medical Association (Associação Médica Americana) descobriu que 60 mg de vitamina E por dia reforçaram o sistema imunológico em um grupo de pacientes saudáveis com 65 anos e 200 mg geravam uma melhora maior após quatro meses. Entretanto, 800 mg de vitamina E resultaram em uma imunidade pior em relação a que eles teriam se não tivessem recebido nenhuma dose.Em 2001, o Instituto Nacional da Saúde promoveu uma pequisa médica sobre as doenças dos olhos em relação à idade (AREDS). Um ensaio clínico randomizado e controlado, mostrou que suplementos em altas doses como 500 mg de vitamina C, 400 UI de vitamina E, 15 mg de betacaroteno, 80 mg de zinco e 2 mg de cobre reduziram significativamente o risco da degeneração macular relacionada a idade avançada (AMD) comparado ao placebo. Além disso, o grupo que tomou antioxidante e zinco teve uma significativa redução nas taxas de perda de acuidade visual.

Existem várias explicações possíveis para estes resultados:

a quantidade de antioxidantes nos suplementos talvez seja tão alta quando comparada com aquela na dieta que leva a um efeito tóxico;

outros nutrientes podem estar presentes nas frutas e vegetais que funcionam em sincronia com os antioxidantes e são necessários para fornecer um efeito protetor;

os participantes do estudo eram muito idosos para começar a tomar antioxidantes ou tinham estilos de vida tão prejudiciais à saúde que os antioxidantes não conseguiam reverter o quadro.

Mais do que isso, inúmeros estudos observacionais, em que os pesquisadores procuram por associações sem fornecer aos participantes os suplementos, têm associado dietas ricas de frutas e vegetais antioxidantes com um risco menor de doenças como o câncer, doença coronariana, derrame, catarata, mal de Parkinson, Alzheimer e artrite. Então, apesar dos achados decepcionantes dos experimentos, os cientistas estão convencidos dos vários benefícios em potencial das dietas antioxidantes ricas em frutas e verduras (mas lembre-se que os antioxidantes devem ser ingeridos in natura como parte da dieta). Eles simplesmente ainda não conseguiram calcular exatamente como os diferentes sistemas antioxidantes funcionam juntos no nosso corpo para nos proteger dos danos dos radicais livres.

QUANTO É NECESSÁRIO

A American Heart Association (Associação Americana do Coração), por exemplo, não recomenda o uso dos suplementos antioxidantes "até que mais informações sejam compiladas", mas ao invés disto, sugere que as pessoas "comam diariamente uma variedade de alimentos de todos os grupos básicos".

Mais do que isso, em abril de 2000, a Food and Nutrition Board of the Institute of Medicine (Comitê de Nutrição e Alimentos do Instituto de Medicina), um conselho que é parte da National Academy of Sciences (Academia Nacional de Ciências), relatou que a vitamina C, a vitamina E, o selênio e os carotenóides como o betacaroteno, deveriam vir dos alimentos e não dos suplementos. Depois de examinar os dados disponíveis sobre os efeitos benéficos e prejudiciais dos antioxidantes na saúde, a diretoria concluiu que não existe evidência para dar suporte ao uso de altas doses destes nutrientes para combater as doenças crônicas. Na realidade, o conselho advertiu que altas doses de antioxidantes podem conduzir a problemas de saúde, incluindo a diarréia, sangramento e o risco de reações tóxicas.

Desde 1941, a Food and Nutrition Board tem determinado os tipos e quantidades de nutrientes que são necessários para uma dieta saudável, analisando a literatura científica, considerando como os nutrientes protegem contra as doenças e interpretando dados do consumo de nutrientes. Para cada tipo de nutriente, a Diretoria estabelece uma Quantidade Dietética Recomendada (RDA) que é um objetivo de ingestão diário para quase todos (98%) indivíduos saudáveis e um "nível de ingestão máximo tolerável" (UL) que é a quantidade máxima de um nutriente que um indivíduo saudável pode ingerir a cada dia sem o risco de efeitos adversos a saúde. Em alguns casos, a Diretoria decide que não existe evidência suficiente para determinar qual a quantidade de um nutriente específico é essencial ou prejudicial a saúde.

Ao longo dos últimos anos, a Diretoria tem atualizado e expandido o sistema para determinar os valores do RDA e o do UL que são agora coletivamente chamados de Ingestão Dietética de Referência ou DRIs. As seguintes recomendações foram feitas para o consumo de antioxidantes no relatório de 2000 chamado de "Ingestão Dietética de Referência para a vitamina C, vitamina E, selênio e carotenóides":ONDE SÃO ACHADOS OS ANTIOXIDANTES

Embora a pesquisa pareça promissora, particularmente com relação a vitamina E, o alimento é a escolha mais inteligente para se obter os antioxidantes. Os estudos demonstram que para se ter uma boa saúde é preciso comer, no mínimo, cinco porções de frutas e vegetais todos os dias como parte de uma dieta equilibrada. Abaixo está uma lista de onde achar os antioxidantes específicos. Se você tem interesse em tomar suplementos antioxidantes, converse com o seu médico sobre o que é melhor para você.

Vitamina E é achada em óleos vegetais, nozes, amendoim, amêndoas, sementes, azeitonas, abacate, germe de trigo, fígado e folhas verdes.
Para boas fontes de vitamina C, procure por frutas cítricas como laranja, brócolis, folhas verdes, tomates, pimentas, pimentões, batatas, melão e morangos.



Fontes comuns de betacaroteno incluem o melão, manga, mamão papaia, abóbora, pimentão, pimenta, espinafre, repolho, abobrinha, batata doce e damasco.



Você pode achar o selênio nos frutos do mar, carne de boi, carne de porco, frango, castanha do Pará, arroz integral e pão integral.



Os fitoquímicos são encontrados em uma variedade de fontes. Alguns fitoquímicos estão atualmente sob estudo para descobrir as propriedades antioxidantes e habilidades de reduzir o risco de doenças que estão listadas abaixo.

Fitoquímico Fonte de alimento
Sulfureto alílico Cebola, alho, alho-porró, cebolinha
Carotenóides (ex. licopeno, luteína e zeaxantina) Tomate, cenoura, melancia, repolho, espinafre
Curcumina Açafrão da terra
Flavonóides (ex. antocianina, resveratrol, quercitina e catechina) Uva, groselha negra, morango, cereja, maçã, amora, framboesa e amora silvestre
Glutationa folhas verdes
Indol Brócolis, couve flor, repolho, couve de Bruxelas e chicória
Isoflavonóides (ex. genisteína, daidzeína) Legumes (ervilhas e soja)
Isotiocianato (ex. sulforafane) Brócoli, couve flor, couve de bruxelas e chicória
Ligninas Sementes (sementes de linho e sementes de girassol)
Monoterpeno Cascas de frutas cítricas, cereja e castanhas
Ácido fítico Grãos integrais e legumes
Fenol, polifenol e compostos fenólicos (ex. ácido elágico, ácido ferúlico e tanino) Uva, uva-do-monte, morango, cereja, toranja, amora, framboesa, amora silvestre e chá
Saponino Feijão e legumes
Claro que além de comer muitas frutas e vegetais, os exercícios regulares e a abstenção ao tabaco são essenciais para um estilo de vida saudável.

Fonte: saude.hsw.uol.com.br