quinta-feira, 25 de novembro de 2010
DIA NACIONAL DO DOADOR DE SANGUE
25 DE NOVEMBRO
O Termo de Compromisso e o decreto presidencial fazem parte da estratégia do governo para o Brasil atingir a meta de ter entre 3% e 5% da população doando sangue anualmente. Essa é a taxa ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para um país manter os estoques regularizados. Hoje, o percentual de doadores brasileiros varia entre 1,76% e 1,78% por ano.
Segundo o Termo de Compromisso, os cinco ministérios, dentro das especificidades de cada área e das suas possibilidades, deverão desenvolver as seguintes atividades:
Homenagens públicas aos doadores voluntários de sangue
Ações informativas voltadas para os diversos segmentos da sociedade, buscando fomentar a atividade de doação de sangue
Campanhas destinadas a divulgar a importância do ato de doar sangue
Processos educativos direcionados às crianças e adolecentes, difundindo conceitos de solidariedade e cidadania, relativos à atividade de doar sangue
Outras atividades informativas e educativas que demonstrem para a população os inúmeros benefícios do ato de doação de sangue
As obrigações das centrais sindicais e confederações de empregadores, dentro das suas áreas de abrangência e das suas possibilidades, são:
Ações informativas buscando fomentar a atividade de doar sangue
Campanhas destinadas a divulgar a importância do ato de doar sangue
Processos educativos com vistas à difusão de conceitos de solidariedade e cidadania, relativos à atividade de doar sangue
Outras atividades informativas e educativas que demonstrem e incentivem o ato de doar sangue.
Na solenidade, serão homenageados cinco doadores voluntários fidelizados (aqueles que doam pelo menos duas vezes em um ano) de cada região do país. Também estará presente a campeã de mountain bike Juliana Machado Rodrigues, que dará seu depoimento sobre a experiência como atleta doadora. Ainda durante o evento, o ministro da Saúde, Humberto Costa, vai apresentar as diretrizes da Política Nacional de Sangue (vide anexo).
Anualmente, o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue é celebrado em 25 de novembro, e na última semana desse mês os principais serviços de coleta de sangue sempre realizam atividades para aumentar o número de doações. Portanto, a criação da Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue vem oficializar e ampliar uma prática já legitimada pela sociedade. Esse esforço pelo aumento das doações ocorre sempre em novembro pelo fato de a falta de estoques em unidades de saúde ser habitual em dezembro e janeiro, período em que há diminuição do número de doadores por causa das férias e festas. Ao mesmo tempo, é quando há um aumento no número de acidentes, elevando a demanda por sangue.
Campanha
O Ministério da Saúde realiza hoje e até o dia 20 de dezembro uma campanha de massa para conscientizar a população sobre a importância do ato de doar sangue. Com o slogan "Doe vida. Doe Sangue", a campanha estará nas rádios, em cartazes, folhetos e tentará mudar uma antiga cultura pela qual as pessoas preferem doar sangue a conhecidos. "Você só doa sangue para quem você conhece? Então a gente gostaria de apresentar algumas pessoas" , é a mensagem dos cartazes e folhetos, acompanhada de fotografias de várias pessoas. Nas rádios, atores interpretarão pessoas que necessitam de doações.
Para DOAR SANGUE é necessário
Estar em boas condições de saúde
Apresentar documento de identidade original ou fotocópia autenticada ou documento equivalente com foto e filiação
Ter entre 18 e 65 anos
Ter peso mínimo de 50 kg
Ter descansado no mínimo 6 horas nas últimas 24 horas
Não estar gripado ou com febre
Não estar grávida ou amamentando
Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 6 horas.
NÃO poderá doar
Quem fez tatuagem, piercing ou tratamento com acupuntura nos últimos 12 meses
Portadores de vírus da AIDS, HBV, HCV ou HTLV
Pessoas que já viveram situações sexuais de risco acrescido
Quem possui histórico de doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, ato-imune, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após os dois anos de idade ou epilepsia, sífilis, doença de Chagas ou malária
Usuários de drogas. Medicamentos contra indicados para doação de sangue
Anemia
Mulheres grávidas não poderão doar sangue
Como é a Doação?
Ao chegar, a pessoa é submetida ao teste de Hemoglobinaou ou micro-hematócrito (para verificar se doador está com anemia), verificação dos sinais vitais (pressão arterial, batimento cardíaco e temperatura)
A pessoa passa por uma entrevista
Não havendo problemas, a pessoa estará habilitada à doação
Depois disso, é oferecido um lanche que deve ser tomado no local e, em seguida, o doador é liberado.
Interessante você saber que:
A doação não traz risco à saúde;
Todo material utilizado é descartável;
Mulher em período menstrual pode doar, desde que não esteja sentindo cólicas, dor de cabeça ou com fluxo muito grande;
Quem doa sangue uma vez não é obrigado a doar sempre;
Intervalo mínimo entre as doações:
Homens - 60 dias e no máximo 4 vezes ao ano;
Mulheres - 90 dias e no máximo 3 vezes ao ano.
Fonte: www.anvisa.gov.br
DIA NACIONAL DO DOADOR DE SANGUE
25 DE NOVEMBRO
Dia 25 de novembro é o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. A data criada em 1964 com o objetivo de valorizar a doação voluntária, é um ato simples e salva muitas vidas. Mas será que temos o que comemorar?
De acordo com dados da Fundação Pró-Sangue sim, mas há de se lutar contra a falta de informação e preconceito. Em 2002, foram coletadas no Brasil cerca de 3 milhões de bolsas de sangue, o que corresponde a menos de 2% da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse índice deveria estar em torno de 3% a 5%.
A Fundação Pró-Sangue, criada em 1984, é uma instituição sem fins lucrativos, ligada à Faculdade de Medicina e à Secretaria de Estado da Saúde. Considerada o maior hemocentro da América Latina, é responsável pela coleta de 53% do sangue consumido na Grande São Paulo, 24% do Estado e de 14% do consumido no Brasil.
Na Europa e Estados Unidos, a população foi conscientizada para a importância da doação em função de fatores históricos que envolveram conflitos internos, guerras e acidentes naturais. Nesses lugarestodos tinham um parente ou amigo envolvido com episódios que envolviam a necessidade de sangue, o que levou a uma sensibilização da população. O caso mais recente foi o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, em que aviões comerciais foram jogados contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York. Cerca de 25 mil pessoas foram retiradas do local e se não houvesse essa conscientização coletiva a situação poderia ter sido pior.
Para Aline Monteiro, hematologista da Pró-Sangue, a população americana e européia está sensibilizada para situações de catástrofe, mas a brasileira não. Aline estava de plantão médico no dia 31 de setembro de 1996, quando um avião Fokker 100 da TAM, com destino ao Rio de Janeiro, caiu nas proximidades do Aeroporto de Congonhas logo após a decolagem, matando 96 pessoas. "Várias pessoas correram aos hospitais para doar sangue, em função dos apelos feitos pelo rádio e televisão", diz ela. E adverte: "Nós não temos estoque necessário para esse tipo de acontecimento, se alguma catástrofe acontecer não estamos preparados. É necessário prevenir". Ela admite que em grandes metrópoles, como São Paulo, a dificuldade de locomoção e as distâncias podem ser um empecilho."Mas não podemos ser pegos de surpresa nessas situações", enfatiza.
Desde 1995 a Pró-Sangue vem trabalhando em campanhas de informação e conscientização como a "Imite seu Ídolo. Doe Sangue", que contabiliza a participação de mais de 50 artistas e formadores de opinião. A partir disso, o número de doadores voluntários vem aumentando: de 20% em 1995, para 68% em 2003 em São Paulo. No restante do País o número de doações é inferior a 40%.
Fernado Zahorcsak, 25 anos, é um exemplo. Funcionário do Hospital Universitário, no campus da capital, há um ano e meio, doa sangue voluntariamente desde 1996. "Doar é uma coisa que não custa nada e salva muitas vidas. Não é um ato altruísta, mas consciente", afirma ele. É com toda essa simplicidade que Zahorcsak define o ato de doar vida aoutra pessoa. "Quando era mais novo escutava histórias que o povo conta, como, se você doar sangue uma vez tem que doar sempre. Isso é mentira", diz convicto.
Zahorcsak é membro do Clube Irmãos de Sangue, criado em 1998 para homenagear os fiéis doadores voluntários. Hoje o clube contabiliza 1.790 associados.
Mensalmente, a Pró-Sangue coleta e processa cerca de 15 mil bolsas de sangue destinadas a 300 hospitais da região metropolitana de São Paulo. Para se tornar um doador é simples. Basta ter entre 18 e 65 anos de idade, pesar no mínimo 50 kg e estar em boas condições de saúde. Os únicos impedimentos temporários são: gripe ou febre; aguardar 90 dias após o parto normal e 180 dias após a cesariana, e 12 meses para quem estiver amamentando. Para quem realizou endoscopia ou fez tatuagem, aguardar 12 meses. No dia da doação não se deve ingerir bebidas alcoólicas.
Contudo, há casos de impedimentos definitivos. Para pessoas que já tiveram doença de Chagas, malária ou hepatite após os dez anos de idade, e para quem participa de situações nas quais há maior risco de contrair o HIV e sífilis.
Em 2002, a fundação recebeu o certificado ISO 9002, da British Standards Institution, tornando-se o primeiro hemocentro público brasileiro a ter o controle de qualidade de seus produtos e serviços testados por um organismo internacional de renome.
O alto rigor no cumprimento dessas normas visa a oferecer proteção ao receptor e ao doador. Na triagem, o doador, que deve ser totalmente sincero em suas informações, passa por uma entrevista de avaliação. A doação pode ser agendada por telefone – 0800-55-0300 – ou pelo site.
De 24 a 29 de novembro a Pró-Sangue realizará nos postos de coleta uma grande festa para comemorar a marca de cerca de 70% de doações voluntárias. Participe do dia "de quem salva vidas", e faça parte do Clube Irmãos de Sangue.
Fonte: www.usp.br
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