segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
CURA ATRAVÉS DAS ABELHAS
Foi através de uma amiga que Lúcia Costa Correia da Silva Manno, 43 anos, conheceu a apiterapia. Lúcia sofria de fibromialgia e sentia fortes dores, principalmente na região lombar. Após os tratamentos sem sucesso com remédios alopáticos e com a amiga como voluntária na terapia das abelhas, resolveu testar a apiterapia. As sessões não só melhoraram a fibromialgia como também ajudaram a diminuir as dores da artrose que tinha no joelho.
Em uma das sessões, comentou com o apiterapeuta que sofria com terríveis enxaquecas. Ela conta que tinha crises severas e semanais desde os 13 anos de idade. "Além da dor intensa, eu sofria também com tonturas, náuseas e vômitos".Para tratar das dores de cabeça, Lúcia consultou-se com um neurologista que indicou antidepressivos. E, mais uma vez, os resultados não foram satisfatórios, pois não mostravam melhora relevante às dores, e ainda padecia com os diversos efeitos colaterais.
Após 8 meses de tratamento contra a enxaqueca com a apiterapia, "as crises foram diminuindo de quantidade e de intensidade, foram ficando espaçadas, até pararem", comemora Lúcia.
Mas ela não abandonou a terapia. "Atualmente, trato de uma bursite no pé e faço aplicações do veneno nos pontos da cabeça para manter a enxaqueca sob controle, há 2 anos não sinto nada".Mesmo que ela estivesse livre de todos os problemas de saúde, não se livraria tão cedo das abelhas. Inspirado pelos bons resultados de Lúcia, seu marido, Ivo Manno Júnior, fez um curso de apiterapia ministrado pelo chileno Vicente Ferrer, em 2007, e desde então se dedica a essa técnica de cura com os insetos.
Picadas do bem
A apiterapia surgiu nos anos 1930, quando uma pessoa que sofria de artrite reumatoide foi atacada por um enxame de abelhas, sobreviveu e melhorou da doença. A partir daí, começou-se a pesquisar sobre os efeitos medicinais do veneno das abelhas.
O método consiste em injetar o veneno no corpo do paciente juntamente com o ferrão para tratar dores, inflamações e problemas no sistema imunológico. A espécie de abelha utilizada é a europa africanizada. Cada sessão dura cerca de 10 minutos e é feita semanalmente.
Na primeira sessão, o apiterapeuta faz um teste alérgico em que o veneno é aplicado duas vezes, para detectar possíveis reações. A terapia pode apresentar algum perigo apenas se a pessoa apresentar alergia ao veneno.
Impossível não associar o método com a acupuntura, terapia milenar que utiliza agulhas. Ambas são semelhantes quanto a alguns locais de aplicação. Entretanto, de acordo com Ivo, na apiterapia, "se você tem uma dor no braço, por exemplo, a aplicação vai ser naquele local."
Nos casos de esclerose múltipla, em que a pessoa não sente dor, épreciso saber onde aplicar." A terapia ainda não tem regulamentação nos órgãos de saúde brasileiros, mas em países como Chile, Rússia e Estados Unidos, é oficializada e bem conceituada.
Não tenha medo!
Até os mais medrosos podem se render aos benefícios da apiterapia. Ivo explica que o nível de dor que cada um sente depende da própria tolerância que tem, porém as áreas mais sensíveis à dor são as palmas das mãos, as plantas dos pés e o nariz. "Nos casos de maior sensibilidade, nós utilizamos uma bolsa de gelo para anestesiar o local", diz o terapeuta.
Fonte: Revista Vitta, ed. 10
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