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( Chico Xavier - ditado por André Luiz )

quarta-feira, 2 de março de 2011

CARNAVAL


ORIGEM DO CARNAVAL

Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis.

Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas como o carnaval estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais.




O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas.

Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.

CARNAVAL NO BRASIL

O carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas.

No Brasil o carnaval é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa.

Na Bahia é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baiana, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza-se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, a Micaroa; em Campina Grande, a Micarande; em Maceió, o carnaval Fest; em Caruaru, o Micarú; em Recife, o Recifolia, etc.

CARNAVAL NO RECIFE

Século XVII

De acordo com as antigas tradições, mais ou menos em fins do século XVII, existiam as Companhias de Carregadores de Açúcar e as Companhias de Carregadores de Mercadorias. Essas companhias geralmente se reuniam para estabelecer acordo no modo de realizar alguns festejos, principalmente para a Festa de Reis, Esta massa de trabalhadores era constituída, em sua maioria, de pessoas da raça negra, livres ou escravos, que suspendiam suas tarefas a partir do dia anterior à festa de Reis. Reuniam-se cedo, formando cortejos que consistia de caixões de madeira carregados pelo grupo festejante e, sentado sobre ele uma pessoa conduzindo uma bandeira. Caminhavam improvisando cantigas em ritmo de marcha, e os foguetes eram ouvidos em grande parte da cidade.

Século XVIII

Os Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nação Africana, surgiram particularmente a partir do século XVIII. Melo Morais Filho, escritor do século passado, no seu livro "Festas e Tradições Populares", descreve uma Coroação de um Rei Negro, em 1742. Pereira da Costa, à página 215 do seu livro, "Folk Lore Pernambucano", transcreve um documento relativo à coroação do primeiro Rei do Congo, realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, da Paróquia da Boa Vista, na cidade do Recife.

Os primeiros registros destas cerimônias de coroação, datam da segunda metade deste século nos adros das igrejas do Recife, Olinda, Igarassu e Itamaracá, no estado e Pernambuco, promovidas pelas irmandades de NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS e de SÃO BENEDITO.

Século XIX

Depois da abolição da escravatura, em 1888, os patrões e autoridades da época permitiram que surgissem as primeiras agremiações carnaval escas, formadas por operários urbanos nos antigos bairros comerciais. Supõe-se que as festas dos Reis Magos serviu de inspiração para a animação do carnaval recifense.

De acordo com informações de pessoas antigas que participaram desses carnavais, possivelmente o primeiro clube que apareceu foi o dos Caiadores. Sua sede ficava na Rua do Bom Jesus e foi fundador, entre outros, um português de nome Antônio Valente. Na terça-feira de carnaval à tarde o clube comparecia à Matriz de São José, tocando uma linda marcha carnaval esca e os sócios levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e caiavam (pintavam), simbolicamente. Outros Clubes existiam no bairro do Recife: Xaxadores, Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente e Toureiros de Santo Antônio.

Século XX

O carnaval do Recife era composto de diversas sociedades carnaval escas e recreativas, entre todas destacava-se o Clube Internacional, chamado clube dos ricos, tinha sua sede na Rua da Aurora, no Palácio das Águias. A Tuna Portuguesa, hoje Clube Português, tinha sua sede na Rua do Imperador.

A Charanga do Recife, sociedade musical e recreativa, com sede na Avenida Marquês de Olinda e a Recreativa Juventude, agremiação que reunia em seus salões a mocidade do bairro de São José.

O carnaval do início deste século era realizado nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, onde desfilavam papangus e máscaras de fronhas (fronhas rendadas enfiadas na cabeça e saias da cintura para baixo e outra por sobre os ombros), esses mascarados sempre se apresentavam em grupos. Nesses tempos, o Recife não conhecia eletricidade, a iluminação pública eram lampiões queimando gás carbônico. Os transportes nos dias de carnaval vinham superlotados dos subúrbios para a cidade.

As linhas eram feitas pelos trens da Great Western e Trilhos Urbanos do Recife, chamados maxambombas, que traziam os foliões da Várzea, Dois Irmãos, Arraial, Beberibe e Olinda. A companhia de Ferro Carril, com bondes puxados a burros, traziam foliões de Afogados, Madalena e Encruzilhada. Os clubes que se apresentaram entre 1904 e 1912 foram os seguintes: Cavalheiros de Satanás, Caras Duras, Filhos da Candinha e U.P.M.; este último criado como pilhéria aos homens que não tinham mais virilidade.

O Corso

Percorria o seguinte intinerário: Praça da Faculdade de Direito, saindo pela Rua do Hospício, seguindo pela Rua da Imperatriz, Rua Nova, Rua do Imperador, Princesa Isabel e parando, finalmente na Praça da Faculdade. O corso era composto de carros puxados a cavalo como: cabriolé, aranha, charrete e outros.

A brincadeira no corso era confete e serpentina, água com limão e bisnagas com água perfumada. Também havia caminhões e carroças puxadas a cavalo e bem ornamentadas, rapazes e moças tocavam e cantavam marchas da época dando alegre musicalidade ao evento. Fanfarras contratadas pelas famílias, desfilavam em lindos carros alegóricos.

Fonte: www.fundaj.gov.br

CARNAVAL

IDADE DE OURO

A popularização do rádio, o Teatro de Revista e o desfile das escolas de samba fizeram dos anos 30 e 40 a idade de ouro do carnaval no Brasil. Marchinhas animavam os bailes e as ruas, e os sucessos musicais daqueles tempos permanecem vivos e entusiasmantes até hoje.

A marchinha Pra você gostar de mim (Taí), composta em 1930 por Joubert de Carvalho, lançou para o estrelato um grande ícone do nosso carnaval : a "internacional" Carmen Miranda. A "pequena notável" emprestou a voz a diversas marchas carnaval escas.

Entre suas inúmeras gravações, podemos destacar: Adeus batucada (Synval Silva, 1935), Camisa listada (Assis Valente, 1937), Cantores do rádio (Lamartine Babo, João de Barro e Alberto Ribeiro, 1936), Disseram que voltei americanizada (Vicente Paiva e Luiz Peixoto, 1940), Eu dei (Ary Barroso, 1937), Isto é lá com Santo Antonio (Lamartine Babo, em dueto com Mário Reis, 1934), No tabuleiro da baiana (Ary Barroso, 1936), O que é que a baiana tem? (Dorival Caymmi, 1939) e Aurora (Mário Lago e Roberto Roberti, 1941).

Lamartine Babo (em parceria com os irmãos Valença) compôs a arrebatadora O teu cabelo não nega, em 1932, e foi também o autor do sucesso do carnaval de 1934.

História do Brasil, com esta hilariante letra:

Quem foi que inventou o Brasil?
Foi seu Cabral!
Foi seu Cabral!
No dia 21 de Abril
Dois meses depois do carnaval
Depois
Ceci amou Peri
Peri beijou Ceci
Ao som...
Ao som do Guarani!
Do Guarani ao guaraná
Surgiu a feijoada
E mais tarde o Paraty
Depois
Ceci virou Iaiá
Peri virou Ioiô
De lá...
Pra cá tudo mudou!
Passou-se o tempo da vovó
Quem manda é a Severa
E o cavalo Mossoró

"Nos versos finais, Lamartine faz referência a dois grandes ídolos do público na época: a fadista portuguesa Severa e o cavalo Mossoró, ganhador do Grande Prêmio Brasil.

Paraty, na segunda estrofe, refere-se a uma cachaça." - explica o site "Ao Chiado Brasileiro", de onde obtivemos os fonogramas e algumas histórias que contamos aqui. O site é imperdível para quem quer conhecer a música brasileira do início do século passado.

Uma curiosidade sobre o grande Lamartine Babo: foi ele o autor de todos os hinos dos principais times de futebol do Rio de Janeiro - Botafogo, América, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama. Diz a lenda que as composições nasceram de uma aposta, e que ele criou todas em uma única noite.

Composta em 1935, mais uma marcha de carnaval se transformaria em clássico eterno, além de hino do Rio de Janeiro: Cidade Maravilhosa, de André Filho.

A "idade de ouro" do carnaval carioca também foi marcada pela elegância dos grandes bailes carnaval escos - entre os quais destacavam-se o do Teatro Municipal e o do Hotel Copacabana Palace - e dos Desfiles de Fantasia, cuja maior figura foi Clóvis Bornay. Hoje considerado hors concours pelas dezenas de títulos que já conquistou, Bornay foi o vencedor do primeiro Desfile de Fantasias do teatro Municipal, em 1937.

Fonte: www.educacaopublica.rj.gov.br

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