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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dia do Zootecnista


13 de Maio
No dia 13 de maio de 1966, em Uruguaiana, Rio Grande do Sul, era criado o primeiro curso de Zootecnia no país. Desde criança ouvimos falar que o Brasil "é um país agrícola" ou "é o celeiro do mundo" ou ainda "é o país do futuro".

Aos poucos, o Brasil começa a referendar os jargões criados
Apesar de tantos problemas sociais e econômicos, parece que o novo século está trazendo bons ares ao país e, como não poderia deixar de ser, é através, principalmente, do campo.

Um terço da riqueza produzida no país tem origem no campo.

Nestas quase quatro décadas de existência do Curso de Zootecnia, os Zootecnistas já formados, sem dúvida alguma, têm apresentado relevantes contribuições ao avanço social e econômico do nosso país, através do fomento à nossa pecuária e ao desenvolvimento produtivo dos nossos rebanhos, bem como estudando alternativas de produção racional de diferentes espécies animais, nas mais variadas condições.

Atualmente, são cerca de 11.000 profissionais formados e já existem mais de 50 faculdades espalhadas no país.

Os números mostram uma categoria com amplas possibilidades de fortalecimento das suas bases, pela manutenção de uma firme atuação, tanto na iniciativa privada, quanto no setor público, juntamente com outras profissões das Ciências Agrárias.


Na atualidade, é dispensável frisarmos a evolução da Zootecnia como ciência, uma vez que, rotineiramente, a sociedade tem tido contato com os avanços da genética animal, dos sistemas intensivos de criação, do acentuado crescimento da Avicultura, Suinocultura, Bovinocultura de Corte e Leite, que são as mais expressivas mantenedoras de postos de trabalho e renda no meio rural.

Têm avançado também os conhecimentos na área de alimentação, nutrição e manejo geral dos animais de interesse econômico e social, com respeito ao meio ambiente como patrimônio às futuras gerações.

Fonte: Universidade Católica de Goiás


Muito além dos chifres de boi
O coordenador do curso de Zooctecnia da Universidade Federal de Viçosa, Edenio Detmann, acredita que a lenda urbana da profissão ainda faz parte do imaginário do aluno que chega à faculdade. “Ele acha que no primeiro semestre já vai pegar o boi pelo chifre.” Os dois primeiros anos do curso incluem disciplinas como matemática, álgebra, química, biologia e física.

Detmann esclarece que as matérias, vistas parcialmente no ensino médio, são aprofundadas na faculdade, com o objetivo de preparar melhor o aluno para as disciplinas profissionalizantes.

Outra confusão freqüente é feita entre os cursos de zootecnia e medicina veterinária. “O zootecnista responde pelo desenvolvimento de produtos de origem animal.

É uma ciência de processo. Veterinária é medicina, sendo que o veterinário atua como médico na maioria das vezes dentro de um sistema de produção.

As carreiras apresentam pequena sobreposição, uma vez que o veterinário tem uma pequena formação em zootecnia e vice-versa.”, esclarece Detmann.

Ele destaca a contribuição do zootecnista também para a saúde humana, à medida que é responsável pelo controle do produto que chega para consumo.

Para Edenio Detmann, o curso de zootecnia tem sido impactado ainda pelo crescimento da área de ciências ambientais, devido às novas diretrizes do Ministério da Educação.

“Há um movimento de conservacionismo, ou seja, o manejo sustentável e a diminuição do impacto ambiental das produções”, explica.

‘É preciso determinação’

Lívia Vieira de Barros morava com os pais em um sítio quando escolheu o curso de graduação. Estava em dúvida sobre três carreiras: medicina veterinária, agronomia e zootecnia. Acabou decidindo-se pela última. “Entre trabalhar com animais e plantas, preferia animais.

Assim, eliminei agronomia. E entre produção animal e saúde animal, escolhi a parte de produção, porque sabia que não conseguiria lidar com animais doentes”, diz ela, que está no último período do curso de zootecnia da Universidade Federal de Viçosa.

A falta de conhecimento da profissão faz com que alguns jovens acabem desistindo do curso. Na opinião de Lívia, a pessoa deve procurar se informar e saber quais são as disciplinas. “Não é um curso fácil. Os primeiros anos são muito básicos.

Comecei a fazer estágio logo no primeiro semestre; por isso, tive oportunidade de praticar cedo e foi um diferencial. Quem escolher zootecnia deve ter muita determinação e dedicação.

Gostei muito do curso. Meus planos são trabalhar na área de pesquisa, e já vou fazer prova para o mestrado.

Hoje, cada vez mais, a exigência por especializações aumenta”, conclui.

O que faz

O profissional de zootecnia trabalha em todas as etapas do sistema de produção animal: alimentação, atividades de melhoramento genético, reprodução, controle da qualidade do produto final – carne, leite, ovos e seus derivados. Também realiza pesquisas de nutrição e alimentação, acompanhando a fabricação e o controle da qualidade de rações, vitaminas e produtos de higiene e saúde para o animal. A atuação profissional do zootecnista é regulada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Áreas de atuação

Nutrição e alimentação animal, indústria de alimentação, iniciativa pública e privada, prestando assistência técnica e praticando extensão rural. Pode ainda atuar em seu próprio negócio ou seguir na área de pesquisa. O campo de trabalho do zootecnista expande-se também às áreas de proteção e conservação de animais silvestres, estímulo ao ecoturismo e agroturismo.

Especialização

O grau acadêmico do zootecnista corresponde ao de bacharel, o que o habilita a desenvolver estudos de pós-graduação, tanto de especialização (Latu sensu), como de mestrado ou doutorado (Strictu sensu). Destacam-se, neste sentido, segundo avaliações da Capes, os cursos de pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, Universidade Estadual Paulista - campus de Jaboticabal, Escola Superior de Agricultura “Luís de Queiroz” da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Maringá.

Fonte: www.fiocruz.br

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